segunda-feira, 17 de junho de 2019

AAF 1 x 1 Sem Recurso FC


Após amargurar dias e dias os resultados negativos dos últimos embates, finalmente o plantel do Sem Recurso FC pode levantar a cabeça e se sentir em paz com a diretoria, com a torcida e consigo mesmo.
O empate em 1 x 1 fora de casa contra a Associação Atlética dos antigos Ferroviários Botucatuenses, popularmente conhecida Ferroviária, foi muito suado e merecidamente conquistado.
Já calejados com as artimanhas da casa adversária, não deixaram se entregar até o fim mesmo com botinadas na canela, braços e cotovelos propositalmente altos, segundo tempo que durou 53 minutos, entre outros espinhos no caminho da partida. 
O scret inicial foi alinhado com Yuri; Fer Véio, Beto, Felipe e Pelé Branco; Cegão, Barduco e Maffia; Daniel, Thales e Afonso. Como opções estavam Tiago e Jorge.



A partida começou as 8h30 mas não para o back black Roberto "Beto" Ribeirinho. O sistema operacional deste atleta levou longos 9 minutos para ligar, o que acabou gerando oportunidade para os ofensivos adversários invadirem a área a vontade e com calma abrirem o placar. Um silêncio absoluto atingiu os atletas com este pífio início de jogo.
Apesar da adversidade, a equipe do Professor Daniel Pires teve paciência e muita raça para ainda no primeiro tempo chegar ao fundo das redes, após consciente chute de Tiago na parte inferior do poste esquerdo do arqueiro ferroviário e, no rebote, Daniel Saidera só teve o trabalho de empurrar a pelota pra dentro.
Daniel Saidera foi para a partida em seu modo zumbi. Dizem que estava ainda bêbado e que não se encontrava em campo. Só acordou mesmo quando percebeu que sua perna tinha feito o gol e soltou um gritão meio desesperado celebrando o feito.
Imagine um "pesado" touro espanhol tentando chifrar uma galinha garziné alucinada correndo por sua vida. Essa imagem ilustra o risco de gol sofrido pelo Sem Recurso, quando Yuri saiu debaixo dos postes para fechar o gol num salto infeliz. O lance continuou dentro da área e o arqueiro continuou perseguindo a bola até pular e impedir novamente o kick do atleta inimigo. Em tempo de jogo, a movimentação levou 12 segundos, já no relógio fisiológico de Yuri foi-se 8% dos anos de vida que ainda lhe restam.
No segundo período muita luta, jogadas ríspidas e início de confusão. Um atleta adversário executou manobras de possível perigo aos joelhos, pernas e tornozelos semrecursenses e a partir daí o pau começou a quebrar. Cegão 6 já é conhecido por abrir a caixa de ferramenta quando se esquenta ou quando acha necessário, e neste momento as duas situações pareciam claras. Tiago também não deixou barato e distribuiu amor na meia cancha. Por sorte nada de grave aconteceu, apenas um lábio sangrando de Cegão, em desleal mãozada que recebeu.
Em um lance de ataque ferroviariano, a bola sobrou perigosamente nas costas do zagueiro Felipe a apenas 4 metros do gol de ET. Este defensor aplicou um chute de costas chamado escorpião loco e só aumentou o perigo, desviando a bola contra o arqueiro. Em um movimento visto apenas em jogos de futsal, ET já caindo para o lado oposto teve a agilidade para impedir o trajeto da bola e fez uma das defesas mais emocionantes de sua frangueira carreira. Não se pode deixar de registrar boa defesa de Yuri em chute cruzado no canto que este repórter não recorda, mas muito comentada por vários atletas.
Rafael Barduco proporcionou cenas de emoção também, como de costume. Em perigosa falta a ser batida pelos ferroviários, muito próxima da área, este volante parecia um cão da raça Pinscher amarrado na barreira. A cada tentativa de cobrança ele se alvoroçava, rosnava, pulava e não deixava o lance seguir. Foram necessárias três tentativas até que a falta foi batida, sem sucesso felizmente.
Afonso também protagonizou uma performance ridícula no meio campo. Em forte e alta cobrança de tiro de meta de Felipe, o atacante foi em direção a bola para escorar à seus companheiros, mas na hora H, ao preparar o pulo, agachou gritando "aiiiii meus olhos" e perdeu a bola de vista. Segundo ele o sol bateu forte nos seus castanhos oculares. Que moça!
E como não poderia deixar de ser, o Sem Recurso teve a oportunidade de virar a partida nos últimos minutos em longa trama em contra ataque fatal. Maffinha tocou de esquerda para Cegão já dentro da área e este também de esquerda chutou fraco nas mãos do guarda redes.
O modo paciente e aguerrido com que os atletas do Sem Recurso FC atuaram deram uma boa sensação final a todos, num empate que por pouco não foi vitória! 
Força Sem Recurso FC! Força que a glória virá!!!

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