O estádio do Jerry na cidade de Anhembi tem sido um verdadeiro terror para a equipe dos esforçados atletas do Sem Recurso Futebol Clube. Em nova tentativa de levar 3 pontos para o topo da Cuesta, os futebolistas beberrões tutelados pelo estrategista motivacional Thiago Donini foram derrotados pelo score de 4 x 3 em bonita partida as margens do rio Tiete.
Ao som de Cheia de Malícias, oficialmente declarado Hino Protocolar do Sem Recurso FC, os jogadores bailaram arena adentro com muito humor e irreverência, rumo ao vestiário, onde vestiram o fardamento e desbarrancaram rumo ao gramado anhembiense. Para a ocasião, tivemos a estreia de Lecre, o novo careca da equipe. Foi chamado as pressas também o extra Mario Balada.
A scretch inicial foi listado com ET, Carioca, Lunardão, Balada e Pelé Branco; Saidera, Sem Sintoma, Maffia, Thales e Flávio, Evó. Nos bancos de pescador ao redor do gramado, ficaram os atletas Manolo, Lecre, o manco presidente ditador Cegão e o pensativo e balançativo técnico Thiagão.
A partida:
Com futebol envolvente, o equipe visitante criou oportunidades como a cavadinha de Evó, defendida pelas compridas unhas do goleiro Kleyton Show, cover de Raul Seixas durante a semana. Oportunidade com Flávio que ao invés de efetuar disparo a gol, preferiu tocar para Thalesmã, o homem perde gol de Anhembi. Já os donos da grama poucos produziram, restante ao arqueiro ET apenas bater um ou outro tiro de meta, com seu shoot power 2 e accurancy 3.
O Sem Recurso abriu o placar aos 19 minutos do primeiro tempo com Thales e dobrou o placar aos 26 min com Evó, em lindas tramas, lindos chutes, lindos dribles, lindos movimentos, afinal quem estava jogando era o time dos homens bonitos! 2 x 0. Futebol vistoso, seguro e lindo!
Como nem tudo são flores para o Sem Recurso, o empate veio ainda no primeiro tempo, com penalty descarado de Carioca agarrando a camisa do amiguinho e em atrapalhada entre o improvisado zagueiro Lunardão que cortou arremate com sua enorme jaca cabeluda para dentro das redes e ET que aparentemente não consegue gritar e defender ao mesmo tempo. (Este blog defende Lunardi de joelhos, entendendo ser extremamente normal de um jogador fazer gol contra de cabeça em Anhembi, na ansia de ajudar seus companheiros. Esse lance será excluído da base de cálculo para sua nota final da partida)
No banco de reservas Thiagão estava incrédulo com o impate, dizendo "não é possivel, não é possivel". Quando pode reunir os jogadores no intervalo da partida, logo cortou as desculpinhas de que estavam cansados pela correria extrema - se juntasse a kilometragem percorrida acumulada de Maffia, Saidera, e Sem Sintoma daria para voltar a pé pra Botucatu - mas mesmo assim Thiago dizia: falta de atenção, falta de um algo a mais, falta de querer". Lecre já havia feito sua estreia, Manolo o foguete na bunda já tinha jogado de ponta de ataque, como orgulhosamente se chamou. O técnico pediu para que retornasse a campo os mesmos que iniciaram o primeiro tempo, enquanto esperava Caio Quini descascar uma laranja para seu filho Samuel, para enfim poder vestir o sapato social e dar aula no meio campo (Caio foi de carro e chegou no intervalo)
Na volta do intervalo, Samuel ficou liderando os reservas com olhos no ataque ao som de Peppa Pig, enquanto o técnico Thiagão e seu papagaio de pirata auxiliar na gritaria Cegão se direcionaram a linha de impedimento defensiva do Sem Recurso, preocupados com os novatos Lunardi e Mario Balada. Na verdade eles foram mesmo é buscar a sombra de uma palmeira nas proximidades.
Em bonita jogada de ataque pelo flanco direito, o armador Flávio Pires ao inves de cruzar logo a bola para seus companheiros poderem finalizar a gol, deu mais um toquinho, deu mais um dibrinho...caiu na velha tentação de todo jogador quando se vê em boa posição de ataque....mas dessa vez o dibrinho a mais deu certo, levantou a cabeça e avistou o careca Lecre chegando livre defronte ao gol anhembiense. Pelo motivo de Lecre ainda não respirar 100% do futebol sem recursense, ainda não ter absorvido todo o espírito ludopédico da equipe de sem vergonhas botucatuenses, seu chute foi bem desferido, um tapa sem chances para o arqueiro buscar nos fundos das redes. Não dá pra contar nos dedos os atletas que não errariam aquele gol. 2 x 3 Sem Recurso!
Quando tomaram ciencia do placar, o técnico e gerente do time da casa abriram seu cooler, ofereceram a agua santa do Tiete aos seus reservas e pum: do nada 3 moleques de 23 anos aquecendo, pulando, alongando sedentos por sol suor e correria. Entraram em campo e não houve mais toque de bola do Sem Recurso. Um sufoco na marcação, uma desgraça de corre pra cá corre pra lá, invertidas de bola, escanteios, arremates a gol. O defensor dos paus Rafael do Love, o ET, até fez 2 salvações inacreditáveis, mas não pode evitar a virada no placar.
Em chute forte de fora da área e em batida de falta alá Marcelinho Carioca com ascendente em Juninho Pernambucano, os filo da puta viram o jogo e encerram a partida. 4 x 3 para Anhembi.
Thiagão cabisbaixo novamente dizendo "não é possível, eu não acredito..."
No vestiário o volante Sem Sintoma pediu a palavra para motivar a equipe e pela pequena janela entre aberta seu discurso pode ser ouvido até pelos presentes no parquinho das crianças: "SEU PÌNTO MOLE, BANDO DE VAGABUNDO, SEUS TROXA" entre outras enriquecedoras expressões triviais do futebol.
Este blog já divulgou as notas individuais em sites de esporte, mas reforça aqui a gigante atuação de Daniel Frederico Lunardi, o Lunardão. Aceitou ser escalado de zagueiro a contra gosto quando chamado de canto pela comissão técnica, entendeu a necessidade, aproveitou a oportunidade e se ferrou pois agora virou nova opção na zaga do técnico Donini.