segunda-feira, 26 de agosto de 2019

AAF 4 x 2 Sem Recurso

O time de futebol semi amador do Sem Recurso FC voltou aos gramados neste final de semana para reencontrar a equipe da Associação Atlética Ferroviária. Em contraste a confrontos anteriores, o adversário compareceu com elenco de qualidade técnica superior e fez jogo duro para os visitantes.
O manager Daniel Pires teve a disposição elenco justo, precisando contratar as pressas o médio volante Caio Quini e o atacante P.H. Ganso, gerenciado por T.Donini.
Estiveram honrando o uniforme clássico do Sem Recurso: ET e Yuri debaixo das traves, Cegão, Beto, Felipe, Pelé Branco, Maffia, Fer, T.Donini, Flávio, Afonso, Daniel e Coelho. Este último iniciou com a bunda no cimento, fazendo cia aos atletas contratados.
A torcida foi composta por 3 pessoas: o pai do atleta Rafael Bacia, investidor de alto calibre, aventando a possibilidade de adquirir o time e na sequencia encerra-lo, para o filho não passar mais vergonha; a corajosa esposa do zagueiro Felipe (corajosa por escolher aquele traste como companheiro até o fim da vida e por passar uma bela tarde de sábado acompanhando partida tão tenebrosa) e um torcedor anonimo vestindo o manto oficial número 1 de nossa folclórica equipe. Não pudemos investigar a origem de seu uniforme, apesar de possuirmos um investigador na equipe.
Com a bola em jogo, Afonso fez o gol mais rápido da história da equipe, balançando as redes logo no primeiro minuto e 52 segundos de disputa. Em bola alçada a área,o bumba meu boi tomou conta e após insegurança do arqueiro e quase gol de Tiago de cabeça, Afonso acertou o angulo, de cabeça, estando a 50 cm da trave. Gol feio vale o mesmo que golaço, 1 x 0 Sem Recurso.
Fato inédito para a equipe poder começar o jogo com tranquilidade e sem pressão! Os atletas até que tentaram executar jogadas bem tramadas, fazer o adversário correr atrás, jogar de um lado para o outro. Mas só tentou...pois não ouve efetividade dos atletas de ataque.
O avançado Daniel, em papo interno após o jogo chegou a dizer "difícil tentar uma jogada sozinho contra 3 zagueiros quando temos que dominar uma melancia". Sua crítica fazia sentido, pois eram raras as chances que os médios e avançados podiam receber a bola e levantar a cabeça procurando seus companheiros.
O empate não demorou a chegar. Em jogada dentro de sua área, Cegão se viu isolado contra o atacante oposto que estava praticamente sem angulo para o arremate, e decidiu pressiona lo até que o campo acabasse, mas de forma exagerada. O atacante já foi desmoronando quando recebeu o tranco final, ainda dentro da área. O assoprador marcou pênalti, que foi convertido com facilidade pelo atleta da AAF, ciente de que o atleta ET jamais pula pro lado esquerdo, uma singela característica de nosso goleiro. Fim do primeiro tempo.
No retorno do jogo o scret semrecursense conseguiu rapidamente ficar a frente do placar! Em jogada de contra ataque, Flávio recebeu no meio e de olhos fechados sentiu a presença do atacante P.H.Ganso em velocidade na linha dos zagueiros. Este que entrou no final do primeiro tempo, correu muito, conseguiu domínio, teve tempo de cortar o zagueiro na entrada da área e finalizar, sem chances para o guarda redes ferroviariano. 2 x 1 para os visitantes!
E o que era de se esperar, aconteceu: o "juiz" favorecendo time da casa. O juiz sempre é um jogador do time da casa, que já esteve em campo ou que entrará e além disso não aceitam dividir o apito meio tempo cada. Apenas este fato já sinaliza algo. Em lance dentro da área, Afonso recebe a bola de fronte ao goleiro, poe na frente para ultrapassa lo e é desastradamente derrubado. Os atletas do Sem Recurso até param o lance, já aguardando que a jogada seja paralisada para anotar a falta, mas o apitador nada anota, pede que continue o jogo para desespero de Tiago, Afonso, Flávio e outros que estavam nas redondezas. Incrível como não pode ver! Inacreditável dizer que foi lance limpo. Vergonhoso jogo após jogo essas bobagens acontecerem...
Citamos aqui frase deste mesmo veiculo midiático da última partida contra a própria AAF:
"Aos 43 min, em tentativa desorganizada de contra ataque, a Ferroviária faz um longo lançamento para seu 9, que claramente, obviamente e vergonhosamente impedido, domina a pelota, em vantagem métrica espacial deixa os backs pra trás e finaliza no canto esquerdo do quase semi deficiente visual Yuri. Gol da AAF. Muita reclamação do Sem Recurso FC, o banco se levanta e não acredita que o apitador não indicou a ilegalidade da jogada."
Jogo após jogo se repete a história. Fosse questão de interpretação, de angulo...mas em todo jogo! Não se diz que a derrota se deve a um só lance, mas poderia ter dado rumos diferentes. É um absurdo! Isso é pífio! Isso é patético!
Mesmo assim, o Sem Recurso continuava a frente!
Como alegria de pobre dura pouco, e se as vitórias fossem dinheiro o Sem Recurso seria um endividado, o empate em poucos lances também apareceu em um chute forte do meio da rua, caindo nas bochechas do gol de Yuri, que lento e escondido atras de seus parceiros, nada conseguiu fazer.
O tempo passava e a equipe do Sem Recurso não conseguia armar com eficacia suas jogadas de ataque. Teve posse de bola, teve tempo para conseguir a vitória, mas não teve "Organização e Tramas Agudas" tema da última aula de sexta feira do curso noturno "Futebol e seus macetes" que o professor Daniel Pires frequentou no Industrial no ano de 1998.
Sem oferecer perigo ao goleiro, sem se aproximar dos postes opostos, o Sem Recurso conseguiu sofrer 2 tentos muitos parecidos: bola cruzada pela direita, ofensivo numeral 10 completando para o gol. As duas jogadas nas costas do lateral direito que atuava com zagueiro naquele momento, na primeira foi antecipado e na segunda sem tempo aéreo.
Os atletas tentaram algumas jogadas finais em contra ataques, chutes de fora da área e cobranças de falta, mas todas com pouco perigo.
Ao final de jogo o avançado Daniel Saidera estava muito abalado, não quis dar entrevistas. Foi ao bar, pouco beijou seu copo e logo se recolheu. Alguns atletas começam a sentir o peso das seguidas derrotas.
Ou cai o técnico ou mudanças ocorrerão.
Na torcida o zum zum zum é de que se jogue no 4-2-4 ou até mesmo 2-5-3 em total radicalismo estratégico.
Quanto ao investidor, não se ouviu mais falar.