A equipe de futebol do Sem Recurso FC foi novamente derrotada no último domingo e vive o começo de uma pequena crise de identidade. Em partida organizada pela eficiente diretoria do clube, o adversário Baldi FC não deu a mínima chance de alegrias aos torcedores e venceu por três golos a zero.
A pedido do técnico Thiago Donini (que brinca no balanço enquanto passa um tornado) a convocação para o match foi aberta com 14 vagas de jogadores de linha e foi prontamente preenchida. Faltando 48h para a partida, o fanfarrão Pelé Branco, lateral esquerdo titular da equipe, sem prévia consulta, apenas comunica o presidente Cegão de que havia chamado naquele dia o atleta extra Paulinho, sua criptonita. Um pouco contrariado, o presidente procura conselho em sua diretoria (composta por Flavio, ET, Dux, além do técnico) e decide aprovar a inclusão do extra. No domingo pela manhã, para surpresa da diretoria, Pelé diz que na verdade eram dois jogadores que havia convidado, Paulinho Critptonita e um outro rapaz Calopsita. A atitude não agradou as pessoas acima citadas e na segunda feira subsequencial a partida, o atleta foi incluso temporariamente no grupo da diretoria, para levar fumo.
Começaram perfilados em 3-5-2 os atletas ET nas metas, Mario Balada, Evó e Beto na zaga, Thales, Maffia, Sem Sintoma, Caio e Pelé Branco no meio campo, Flávio e Saidera no ataque. Esquentando no banco de reservas que cai aos pedaços na ADPM estavam Carioca, Carlinhos da Cigana, Dodô, Shazam além dos extras Paulinho Criptonita e Calopisita, que não levaram shorts nem meia para o jogo.
A partida:
O esquema tático criado pelo ótimo técnico dessa vez não surtiu efeito. Os jogadores em campo reclamavam que não havia posse de bola, apesar do campo defensivo do Sem Recurso estar sempre super povoado. Na visão deste blogueiro, que aos finais de semana também bate sua bolinha, não houve erros individuais e sim uma grande confusão de posicionamento coletivo. Os 3 zagueiros não se posicionaram de forma inteligente nas saídas de bola, abrindo o campo, enquanto os volantes se aproximavam demais dos zagueiros, buscando o jogo, em especial o calmo e broxante Sem Sintoma. Neste esquema, os laterais devem jogar muito abertos e mais avançados, o contrário do que fazia Pelé Branco. Já Flavio e Saidera pouco podiam fazer para desfazer esse nó tático suicida.
O presidente Cegão (que apesar da derrota se disse apoiador dessa formação quando entrevistado por este blogueiro) e o técnico Donini escutavam vários atletas reclamando do desempenho da equipe em campo, mas defendiam o esquema dizendo "está zero a zero, não tem nada errado, está no caminho certo", porém aos 28 minutos do primeiro tempo o placar já se encontrava em 2 x 0 para os baldianos. Sucumbindo a pressão e vendo que a bagunça em campo estava generalizada, Thiago resolveu desfazer o raciocínio e posicionou o time no tradicional 4 4 2, o que aliviou a situação. Flávio teve uma clara chance de encostar o Sem Recurso no placar, em chute de través, de frente para o keeper, porém a bola passou lambendo o pau por fora.
O assoprador do apito na partida era o senhor Baldi, CEO da equipe adversária, que fazia lambanças atrás de lambanças, a maioria a favor de sua equipe. Muito nervoso pela situação, Donini gritou muito, reclamou, vociferou, xingou, fez o que quis no banco de reservas até que, sem paciência, Baldi pausa a partida e mostra a tarjeta vermelha para o técnico do Sem Recurso. Este falou "pronto, vai lá fora, sai, sai" e Thiagão respondia aos berros "Não vou sair, não saio, não saio porra nenhuma!!!" E ficaram se ameaçando a distancia. Quando parecia que os dois iriam se entender, começam novamente a dirigirem palavras feias e Baldi tenta expulsar mais uma vez Thiagão, que não dava bola nenhuma pro homem. Entretenimento puro.
No intervalo, houve uma tentativa de acertar a equipe em campo, mas o dia não era bom coletivamente nem individualmente para todos os jogadores. O homem do segundo tempo foi Maffia, que por mais espantoso que possa parecer, fez três faltas no meio campo, uma delas quebrando o jogador adversário. Pediu desculpas e ofereceu um enxoval de chocolates de sua loja para equilibrar a situação. Já em outro momento da partida, este mesmo atleta Maffia foi chamado por um jogador adversário e escutou "noffa você está magro hein, eu lembro de você, você não estava em forma assim"
Por falar em falta pra quebrar, um entrevero entre o numeral 9 e o serelepe Carlinhos da Cigana ocasionou a expulsão mal interpretada dos dois atletas. De chuteiras novas, Carlinhos dominava a bola no meio campo quando levou um terrível carrinho por trás, perigosíssimo para a integridade física do nosso menino veloz. Este blog acredita que a desavença entre os jogadores não se iniciou naquele domingo e vem de aguas passadas.
O Baldi FC ainda fez mais um gol, decretando placar de 3 x 0.
Já pro final da partida, o agora atacante Evó se esforçava por pegar a bola e numa chegada mais firme, acabou se lesionando momentaneamente e ficou deitado em campo. Em rápida ação, o ex atleta, ex pitbul da cuesta e ex presidente do Sem Recurso Rafael Barduco correu socorrer seu velho amigo, levando numa mão agua e na outra Heineken, dando duas opções ao moribundo, dizendo "qual cê quér?"
Registramos também a grande apresentação de Shazam que começou jogando o segundo tempo (ainda não havia entrado em campo) e aos 7 minutos pediu para ser substituído por ter baixado a pressão, estar passando mal e realmente estava tão branco que seu protetor solar escureceu em contraste a tua pálida tez.
Foi uma terrível apresentação do time, que precisa se organizar e encontrar rapidamente uma vitória.