A
trupe futebolística do Sem Recurso Futebol Clube esteve presente no tradicional
Campo do Sete enfrentando a equipe do Flamboyant FC, em partida organizada pela
nova gestão do time. O Presidente Rafael Barduco, que tempos atrás já foi
chamado de "Pitbull da Cuesta", ordenou a seu secretário Flávio Pires
novos ares para o clube, que de imediato agendou este compromisso.
Fer
Véio, o técnico da equipe que agora é manco devido a falência múltipla dos
joelhos, teve a disposição um amplo plantel das mais variadas categorias e
condições físicas e mentais. Alguns jogadores estavam lesionados e
impossibilitados de participar, como Flávio Pires e a Vó. Os atletas Shazam,
Thales e Cegão jogaram no sacrifício, ainda recuperando de suas lesões.
O
professor escalou a equipe com ET, Cegão, Barduco, Bunda e Pelé Branco, Sem
Sintoma, Marola, Thales e Carlinhos da Cigana, Hugo e Tiagão. Na espera de um
milagre no banco estavam Caio Quini, Caio Romero, Carioca, Lunardão e Shazam.
O
gramado da Arena do Sete estava lastimável, completamente incompatível ao
futebol que os atletas citados acima produzem. Campo seco, pouco vegetação e
inúmeros calombos. O domínio de bola era na sorte, as vezes ela passava por
baixo das chuteiras, as vezes ela vinha na canela. Para alguns jogadores
desajustados, essa situação corrigiu sua falta de qualidade para esse
fundamento.
Não
se conseguia uma construção de jogada, nenhuma trama, não se dava mais que 3
passes. Este repórter ouviu: “se eu foco pra dominar a bola, levo tanto tempo
que o adversário já chega, se eu arrisco chutar sem o domínio, o passe sai uma
merda”. E assim foi durante toda a partida, um jogo feio, suado e sem vergonha.
As poucas chances de ameaçar os guarda redes eram nas bolas paradas, em
cobranças de falta (Barduco efetuou dois disparos, um deles já famoso raspa-bosta),
cobranças de escanteio (Lunardão fez um belo cabeceio no terceiro andar,
passando a 25 centímetros do travessão em belo movimento de sua enorme jaca,
porém contra o gol de ET) e cobranças de penalty.
Sim,
o que definiu a partida foram exatamente escanteios e penaltys. Em lance de
ataque de Flamboyant dentro do área, o zagueiro Bertaglia numeral 4 foi
imprudente (mais uma vez imprudente, se fizer rápida pesquisa no histórico do
Blog encontrará ao menos outros 2 lances similares) e o forte e pesado atacante
numeral 23 soube escolher o momento certo de cair, influenciando o juizão a
anotar falta inexistente dentro da grande área. Apesar da cobrança mal efetuada
pelo atleta opositor, o arqueiro ET acabou escolhendo o canto errado da
cobrança. E assim finalizou o primeiro tempo.
Ao
iniciar o segundo período, alguns atletas estavam incrédulos pelas escolhas do
professor Fer Véio. Ele havia deixado no banco nada mais nada menos que Hugo,
Thiagão, Thales e Marola. Este repórter escutou alguns questionamentos.
O
ataque foi formado por Caio Romero e Carioca, jogador que para resumir suas dificuldades
físicas com joelho, tornozelo, músculos e tendões, foi dito que da cintura para
baixo nada funciona bem. No meio finalmente foi avançado o atleta Cegão para o
meio campo, fazendo bela exibição nos 15 minutos que atuou. No meio campo se
destacaram Lunardi e Caio Quini com bons passes na medida do possível. Thales
em cobrança de falta repetiu sua lesão muscular e deverá passar um período no
estaleiro. Sim Sintoma é titular absoluto do Sem Recurso, dominando a arte da
marcação e toque de bola.
Com
as bolas de pé em pé nada de produtivo aconteceu no segundo tempo, repetindo a
necessidade das bolas paradas. Em escanteio pelo flanco direito a favor de
Flamboyant, um cabeceio traiçoeiro enganou a estabanada dupla ET e Barduco,
passando por baixo de um e por cima do outro. Um lance curioso e infeliz,
dificultando a reação do Sem Recurso FC.
O
experiente Hugo foi alçado a campo após algumas lesões (entre elas a de Shazam,
que após 10 minutos em campo pediu pra sair, e no bar pós jogo, explicou que a
ansiedade atacou e preciso sair) e conseguiu cavar uma falta no limite do
biquinho da grande área. Houve uma pequena discussão se havia sido dentro ou
fora, porém o atleta Marolla colocou a bola na marca do penalty e anotou o
solitário tento da equipe.
Já
nos últimos lances da partida, em cruzamento pelo mesmo flanco direito de
Flamboyant, o goleiro ET desferiu fraco soco na bola, sobrando nas costas de
todos que estavam na área, facilitando para o jogador flambado marcar o
terceiro e derradeiro gol da partida.
Um
começo infeliz da nova gestão semrecursense, decisões questionáveis do técnico
e incapacidade técnica dentro de campo. O tempo passa, o tempo voa e o Sem
Recurso mantem sua média de uma vitória a cada cinco partidas. Estamos de olho
para as próximas partidas
Avante
Sem Recurso