segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Portuguesinha 4 x 4 SRFC

Os adeptos do Sem Recurso FC ficaram surpresos pela marcação de uma última partida no ano de 2019. Insatisfeitos pela longa ausência de vitórias, o presidente e seu secretário convocaram as pressas os atletas para enfrentarem a Portuguesinha, da pacata cidade de Pardinho. O jogo ocorreu em 26 de Dezembro as 19h, retirando atletas de suas desmerecidas férias e do seio de suas famílias. Ainda engordurados pela comilança e inchados pelos excessos no consumo de álcoois, os profissionais foram em carretada a cidade vizinha de Botucatu.
Este seria também o primeiro jogo disputado no período noturno por muitos dos atletas, que tiveram de se acostumar aos fortes holofotes do Estádio da Portuguesinha e ao gramado malandramente podado apenas em meio campo. Em um lado grama alta, solo pesado e sem fluidez de jogo. Do outro grama baixa, bola veloz e sebo nas canelas. São as características do futebol amador raiz, viva o interior de São Paulo!
Surgiram boatos de que o time adversário seria formado por atletas com mais de 40 anos, criando uma contida animação nos semrecursenses de que esta seria a oportunidade de enfim abraçar a vitória, contando com algum resto de juventude para fazer a diferença.
O técnico Fernando Ramos - o Fer Véio, atropelado pelo grande número de serviços automotivos em sua oficina mecânica ficou impossibilitado de estar presente e passou a função de escalar o time para Cegão.
O lateral direito montou a equipe da seguinte maneira: ET; Bunda, Barduco e Manolo; Cegão, Afonso, Flávio, Lunardi e Pelé Branco; Daniel Saidera e Tiago Donini. Como opões estavam Beto, Shazam e os extras Cassinho, Cesinha e Carlinhos.



A partida:
A equipe da Portuguesinha logo partiu pra cima do Sem Recurso e antes dos 5 minutos sofreu perigosa falta no flanco direito. Em cobrança marota, ao invés de efetuar um cruzamento, o atleta de Pardinho arriscou chute a gol no primeiro pau surpreendendo o guarda municipal ET, concretizando o primeiro gol da noite.
O time de Botucatu resolveu jogar e começou a tramar suas jogadas transferindo de pé em pé a posse de bola até se aproximar do guarda redes adversário. Algumas chances foram criadas, passando por Flávio, Tiago e Daniel. Quem enfim conseguiu empatar o jogo foi Donini! Em bela trama com seus companheiros, arrastou as correntes e se pôs em situação de arremate defronte ao arqueiro, desferindo potente kick.
Poucos minutos depois uma preciosa falta sofrida próxima da meia lua. Famigerados pela cobrança, Barduco e Flávio correram pegar a bola, e mais tímido Donini se aproximava ao local da infração. Encorajado por Cegão, os companheiros permitiram que Donini fizesse o disparo a gol, entendendo o bom momento que o atleta passava na partida. Assoprado o apito, uma grande expectativa se criou para a virada no placar, mas Tiago Donini tentou um pífio e brochante passe que facilmente foi bloqueado  e acabou com qualquer chance. Péssima decisão, desperdiçando valiosa e rara oportunidade.
Entre um e outro lance bizarro de tosco futebol, assim se encerrou a primeira etapa.
Na volta do intervalo, uma pequena falta de entendimento, certa confusão quanto a quem estaria em campo, quem ficaria no banco. A equipe que reiniciou a partida ficou veloz e aberta no ataque, com os saracuras Cassinho e Carlinhos botando o terror nos pardinhenses. Dribles, correria e jogadas ofensivas. Porém se perdia um pouco com o meio, que ficou mais exposto, pela formação e também pelo cansaço que já aparecia.
Logo no primeiro lance o Sem Recurso foi vazado. E depois descontou. E na sequencia levou gol...
Por fim assim seguiu o segundo tempo, jogo aberto e corrido, bem disputado. Cassinho sofreu penalti cometido por Manteiga. Donini bateu no angulo direito do arqueiro e somou 2 tentos na noite. Lunardi recebeu bola na meia lua, até pensou em efetuar o disparo, mas com a mente sã deu assistencia a Carlinhos que fez um lindo chute cruzado, por cima do goleiro. Cassinho também fez seu gol, em lance que a televisão, as rádias e muito menos este repórter puderam gravar.
Em escanteio para o time de Pardinho, Pelé Branco protagonizou o lance MA DEI RÃO da partida. O adversário tentou pegar o lateral esquerdo de calças curtas e fez uma cobrança razante, que seria muito perigosa caso adentrasse a área do Sem Recurso. Mas Pele Branco estava ali para proteger! Meteu o coco na bola, deu uma baita cabeçada, tão forte, mas tão que a pelota subiu 37 metro de altura e ficou presa no maior eucalipto já plantado pela Duratex em solo brasileiro. Apenas chamando o Corpo de Bombeiros para realizar o resgate. Ainda hoje ali jaz uma bola de futebol.
Os gols sofridos foram marcados por pequenas falhas, como bola cruzada atravessando a pequena area em que ET não esmurrou, tampouco qualquer outro zagueiro protegeu. E no derradeiro gol da partida, Beto falha em sua especialidade. Em longo lançamento para o atacante em suas costas, o zagueiro perde o tempo de bola e não consegue impedir a trajetória da pelota, que sobra para o atacante Rui Cabeção encerrar a noite. Destacamos também participação dos adversários Mussum e Febem.
O empate em 4 x 4 foi até considerado um bom resultado, mas a vitória mais uma vez escapou pelos dedos. Esta foi a segunda partida sob o comando de Fer e nada parece ter mudado na equipe do Sem Recurso FC. Melhor que venha 2020 e traga um novo norte para esse aguerrido e insistente bando de atletas!



sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

AAF 5 x 1 Sem Recurso FC

E volta o cão arrependido!
Mais uma vez a equipe do Sem Recurso FC tentou levar 3 pontos fora de casa, contra a já carrasca equipe da AAF.
Em partida realizada no temerário "sábado a tarde" - propicio para o desempenho embriagado de certos atletas - a equipe se apresentou aos cuidados do professor Fer Véio.

Em sua primeira partida como comandante mór dos semrecursenses, o experiente ancião escalou um a um seus jogadores a viva voz (voz que curiosamente saia em preto e branco devido a idade):
Yuri; Cegão, Bunda, Caio Arruda e Pelé Branco, Barduco e Maffia , Mateus Pressão Baixa, Flávio Pires, Caio Romero e Cassinho. No banco, a disposição estiveram Thales (atraso número 34) e Manolo, além do próprio Fer. Visitaram a equipe os atletas lesionados Coelho "teste de choque ", Felipe "Pedrada" e ET "Pé de pano".

O esquema adotado por Fer foi o tradicional 4 4 2, que para seus padrões é moderno, pois sua base foi em 1949 quando que se jogava no 2-5-3, bola de couro de búfala prenha, sem juizes, resolvia no cavalheirismo, campos de turfe.





O estreante do dia foi o beque Caio Arruda, que surpreendeu a todos com seu futebol vistoso, o qual havia esquecido em algum lugar dos anos 2001.
O atleta free lancer Mateus Pressão Baixa passou mal aos 11 minutos ficando desnorteado e desfalecido, caindo feito saco de batata no meio campo. Segundo o mesmo, estava sem dormir e sem comer. Curiosamente, quem o convidou foi Thales, que só joga dessa mesma maneira.
Resumão do jogo: quem nunca assistiu um jogo do Sem Recurso e assistiu esse, pode dizer que já viu todos: bom primeiro tempo, boas chances, bolas na trave e gol. No segundo tempo tudo desanda, os atletas cansam, só pensam no boteco e levam um pau avassalador.
O gol semrecursense saiu de trama pela direita no primeiro tempo, em que Cegão antecipou o lateral e passou para Caio Romero que deu assistência açucarada para Thalismã finalizar corretamente, diminuindo o placar que estava em 2 x 0 para os adversários.
Maffia meteu um balaço no travessão em rebote de escanteio, quase um lindo gol.
Mas o time da AAF é experiente e conhece os caminhos. O atleta 10 fez dois excelentes gols no angulo, tirando do arqueiro Yuri. Só não fez o terceiro no angulo pois o zagueiro Caio meteu a jaca na pelota e impediu o tento (segundo Yuri, ele estava na bola. Mas não estava meeeeeesmo.) Em finalização a gol que este reporter não viu, o guarda redes Yuri levou um gol de cobertura, em chute mediano. Em esforço máximo, Yuri não conseguiu repetir a ponte histórica realizada em Pirambóia e executou pulo de 3 centímetros e meio, engolindo mais um típico gol.
O atacante Cassinho ainda rabiscou muito no ataque, veloz que só ele. Só ele mesmo, pois nenhum atleta do Sem Recurso conseguiu acompanha lo, ficando sozinho em suas ousadas jogadas de ataque.
O cão de guarda Barduco se estranhou com um atleta oposto, conseguindo o expulsar, porém só nos minutos finais, sem resultados positivos concretos para a equipe.
Assim se encerrou o primeiro jogo de Fer Véio como técnico. Ele terá pela frente mais 4 partidas para que os resultados positivos sejam alcançados e evitar sua certa demissão.




Sem Recurso 5 x 6 Sem Recurso

Para encerrar o ano com chave de ouro e vitória garantida, a diretoria organizou a famosa pelada amistosa de encerramento de temporada, onde apenas atletas semrecursenses se enfrentam.
A partida foi realizada no saudoso campão do Colégio Arquidiocesano La Salle, que estava sem linhas demarcando as laterais, meio campo e areas, mas os jogadores já estão acostumados com essa falta de estrutura do esporte bretão caipira.
Este embate foi a oportunidade para o novo técnico Fer Véio testar os atletas, antes de sua estréia em um dos seus 5 jogos oficiais garantidos em contrato.
O Véio escalou as duas equipes dessa maneira:
Equipe Uniforme 1 Azulgrená: Capello, Manolo, Fer, Barduco, Shazam, Maffia, Cegão, Pelé Branco, Thales e Daniel
Equipe Uniforme 2 branco: ET, Inácio, Felipe, Vilenon, Lunardi, T.Donini, Flávio, Caio, Afonso e Jorge.





Resumão do jogo: Desde o inicio prevaleceram as vontades da equipe branca. Começaram com a bola e no melhor lado do campo. A partida teve 30 minutos no primeiro tempo e 40 no segundo. O motivo? O jogo empatou em 5 x 5 e nunca acabava, o goleiro ET apitava acintosamente a favor dos Whites. Tanto que tramou com Thales algum esquema, para que chutasse um penalti marcado nas mãos do goleiro Shazam. Shazam goleiro? Sim, pois em lance no primeiro tempo ET levou o frango do ano, em que a bola passou vergonhosa e vagarosamente por debaixo de suas inúteis patas inferiores. Desconsolado, pediu pra sair e Shazam ocupou a vaga.
Capello em sua estréia, companheiro, querendo fazer amizades ainda, propositalmente copia o lance de ET, salvando o resto da tarde do goleiro branco, que sofreria chacotas em excesso no churrasco de final de ano.
Extenuados segurando o jogo na malemolencia, futebol arte e lances de tirar o chapéu, a equipe 1 azul teve ainda que aturar mais 10 minutos de uma inventada prorrogação a favor dos branquinhos.
Esses por sua vez, fizeram catimba, chutaram a bola pra longe, querendo que o jogo terminasse. Em um suspeito lance, o gol derradeiro decretando infame vitória dos atletas de uniforme cor neutra.

Para ser lembrado e nunca esquecido:
- o shortinho amarelo caqui de Lunardão, corte anos 70.
- participação de Coelho juiz, câmera, torcedor e ex jogador





segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Anhembi 4 x 2 SRFC

O Sem Recurso Futebol Clube está tendo um terrível final de temporada, somando derrota atrás de derrota.
Neste último final de semana, a equipe excursionou até o município de Anhembi, distante 50 min de Botucatu. Os 17 atletas que participaram do certame não conseguiram trazer a vitória para o topo da Cuesta e o placar negativo custou o cargo do técnico Rafael Pep Bacia, como ele gosta de ser chamado. Bacia ficou 5 partidas no comando dos semrecursenses, obtendo um fraco aproveitamento de 2 empates e 3 derrotas. Neste período, a equipe marcou 10 gols e levou 17 contra. O novo comandante da equipe será anunciado em 1 de dezembro, na celebração semestral do clube.
Abaixo as cinco partidas sob liderança de Bacia:
Jogo 1 SRFC 4 x 4 Baldi
Jogo 2 SRFC 2 x 4 Pirambóia
Jogo 3 SRFC 2 x 2 Baldi
Jogo 4 SRFC 0 x 3 ADPM - Bacia estava visivelmente embreagado
Jogo 5 SRFC 2 x 4 Anhembi - Bacia não esteve presente

A excursão de Anhembi

Como era esperado, o domingo amanheceu chuvoso em Botucatu colocando incerteza em todos quanto a realização da partida em Anhembi. Essa dúvida era apenas se o time adversário estaria apto ao jogo pois a equipe do Sem Recurso não titubeou: todos os atletas se apresentaram ao ponto de encontro e subiram a bordo da Van da Alegria, que estava pensa para estibordo, devido a 5 coolers de cerveja não distribuídos de forma equilibrada no interior do veículo.
O atleta Thales vindo de Bauru especialmente para a partida, se atrasou e retardou a saída do fretado. Ricardo Creminho, o Shazam, teve que se medicar com dramin na decida da Serra de Botucatu pois teve um início de enjoo. O zagueiro Manolo, alimentado por polenta e torresmo logo cedo, soltou incríveis bufas descritas como insalubres por seu vizinho de estofado Rafael Barduco. Foi nessa caótica atmosfera que o plantel se dirigiu a vizinha cidade.



O gramado do bonito estádio de Anhembi estava em excelentes condições, o melhor já pisoteado pelos atletas. A chuva deu um toque especial deixando o jogo bastante corrido. Nos arredores do gramado, a pista de atletismo de terra/areia virou um lamaçal e quando a pelota escapava pela lateral, os jogadores sujavam seus coturnos de marcas Nike, Adidas, Mizuno e Kichute.
A formação inicial enviada via fax por Rafael Bacia (que não compareceu ao compromisso) foi anunciada pelo seu fantoche Daniel Saidera: Yuri; Shazam, Beto, Bunda e Pelé Branco; Barduco e Cegão; Thales, Léo e Daniel; Afonso. Secos e encolhidos na arquibanca aguardando seu momento estavam ET, Felipe, Manolo, Fer Véio, Lunardi e por incrível que pareça, Tiago Donini.
Um time com dificuldades de criação, precisando de organização na meia cancha e ataque, deixar o simpático e bonzinho Donini assistindo o jogo da arquibancada é sinal de que algo não está correto. Suas bicudas, dribles curtos e enfiadas certamente não podem ser economizadas desta inocente maneira. A boa notícia foi o retorno do pilhado Lunardão, voltando de lesão em sua pata inferior direita.



A partida

Durante todo o jogo, a equipe anhembiense teve paciência e muito toque de bola. Saiam de sua zaga passando de pé em pé a pelota para chegar ao meio campo de onde criavam lançamentos, dando mostras de que formam um bom conjunto. Seu plantel reunia um mesclado de jovens como o  veloz "Pernudo" e de veteranos acima do peso com pernas enfaixadas, boleiros de profissão.
Em uma perigosa troca de passes dos zagueiros dentro de sua grande área, o atento meia Léo consegue se antecipar ao zagueiro e de bico passa para o banheira Afonso, que só teve o trabalho de empurrar pro fundo das redes logo aos 10 min! Gol do Sem Recurso!!!
Apesar do bom toque de bola adversário, quem realmente dominava as intenções de ataque era a equipe de Botucatu, levando perigo em alguns outros lances. Afonso perdeu gols, em especial um cabeceio simples de realizar que acabou passando a meio metro da trave devido a bola estar molhada, escapando um pouco de seu controle. E em lance confuso, com várias trapalhadas em sequencia, resultou numa bola rolando vagarosamente rumo ao gol, sem goleiro. Faltando um metro para atravessar a linha e resultar no segundo gol semrecursense, a bola empaca na poça de água formada no buraco onde se posiciona o guarda redes. Afonso vai em direção e efetua um úmido arremate de forma ingenua, sem considerar que a bola não rolaria na água, e foi o chão, mais tropeçando na bola do que chutando ao gol. O goleiro pula sobre a gorducha e evita o gol.
O volante Cegão, ultimamente metido a cobrador de faltas, teve sua oportunidade em cobrança de longa distancia e realizou o lance MA DEI RÃO da partida. O atleta se posicionou e deu toda indicação de que desta vez faria um forte disparo tentando o angulo direito do arqueiro de Anhembi. Distraído pela enorme ponte metálica que está sendo montada para a travessia do Rio Tiete, que se encontra a poucos metros do gramado, seu chute subiu, subiu, subiiiiiiiu e passou vergonhosamente a uns 15 metros dos postes. Sua reação foi apenas observar o banco de reservas, que gargalhava e debochava da bosta de chute que ele havia dado.



Ainda no primeiro tempo, aos 34 e aos 40 minutos, o Sem Recurso sofreu a virada do placar. No primeiro gol, de frente para os paus, em sobra de escanteio, o experiente atleta anhembiense de perna biônica efetua um chute por cima de todos que estavam na área, inclusive do molhado goleiro Yuri que pulou 2 cm para tentar evitar o trajeto da bola. Já no segundo tento, uma veloz jogada do serelepe atacante de Anhembi, efetuando chute cruzado sem chances para o goleiro semrecursense.
Para o segundo período, todos que estavam no banco entraram em ação. A presença de Donini e Lunardi fez aumentar a posse de bola do Sem Recurso. Felipe fez as vezes na lateral esquerda e Fer Véio na direita. ET no gol e Manolo na função de beque.
E para a desgraça dos visitantes, em poucos minutos a partida já estava em 4 x 1 para Anhembi. Poderia ter sido muito mais, pois Pernudo e especialmente o selerepe perderam gols incríveis, em barbeiragens de toda a equipe do Sem Recurso. E poe barbeiragem nisso, num lance bisonho, Manolo o último homem da defesa se posiciona para bloquear um lançamento rasteiro e fura. Em velocidade, passava em suas costas um atacante de Anhembi, que na correria disputou a bola com ET e um defensor do Sem Recurso. A bola chutada em direção ao gol desvia e sobe muito, dando tempo do próprio Manolo correr até quase dentro do gol para evitar que vá ao fundo das redes, mas este estabanado beque acaba na verdade empurrando de maneira ridícula para dentro de seu próprio patrimônio. Que sequencia de desastres de Manolo, que ainda se justificava de alguma razão.
E não foi por falta de oportunidades que o Sem Recurso não fez gols, pois tocava a bola nas proximidades da área adversária com certa calma, tendo encontrar um espaço no encolhido Anhembi. Em alguns lances rifou a bola para a área de qualquer maneira, é verdade, mas em comparação a partidas anteriores, teve paciência, só que não conseguia finalizar a gol com perigo. Quem descontou foi o ágil ponta Thalismã, em desvio de cabeça de costas dentro da pequena área em jogada de bate rebate aéreo.
Alguns lances foram destacados, como o rechonchudo atacante de Anhembi de aproximadamente 103 kg, derrubando no chão quatro defensores do Sem Recurso, parecendo crianças tentando tomar bola de adulto e a reversão de lateral de Donini, mostrando que o Sem Recurso tem enormes problemas até para acertar cobrança de lateral.
Final de jogo com vitória do conjunto de Anhembi por 4 x 2.
Para o restante do ano, uma direção provisória será montada até que o novo técnico seja anunciado.
Este blog acredita que o time evoluiu em 2019 apesar de os resultados não expressarem bem está situação e que 2020 será o ano do Sem Recurso. O novo comandante terá em suas mão uma equipe mais madura e articulada, tendo apenas que tirar o melhor de cada atleta a sua disposição.


Ponte que distraiu Cegão na cobrança de falta






domingo, 10 de novembro de 2019

Cai o técnico Bacia


O Sem Recurso Futebol Clube anuncia que o técnico Rafael Bacia não faz mais parte de sua equipe.
O contrato do profissional e seus auxiliares será desfeito a partir da tarde deste domingo e meandros da segunda feira por vir.
O clube agradece seu empenho e motivação e deseja sucesso em seus próximos desafios.
Para as próximas partidas um grupo de direção será formado para dirigir o Sem Recurso em seus últimos compromissos de 2019, para que em 2020 um novo técnico assuma o comando da equipe.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

ADPM 3 x 0 Sem Recurso

26/10 Sábado
ADPM 3 x 0 Sem Recurso FC

O blogueiro esteve ausente na última partida realizada pela equipe, mas seguindo o caminho da verdade e da informação, para que fique o registro, segue o relato do atleta Flávio Pires que contundido assistiu a partida com olhos críticos.

Estiveram presentes: Yuri; Bunda, Barduco e Beto (zaga BBB); Shazam, Maffia, Pelé Branco e Felipe; Thiago Donini, Leo e Afonso.
Suplentes ET, Aron e Gui (contratados para esse jogo)




GK
- Yuri: Fez 3 incríveis defesas, segurou o SRFC no primeiro tempo. Yuri está em ótima fase. Alcançando o auge da sua carreira apesar da experiência, da mesma forma que fizeram Fernando Prass e Magrao.

- ET: Foi muito acionado no jogo. Fez boas intervenções, não teve o que fazer nos gols sofridos, deu 2 baitas sortes  em duas bolas na trave e proferiu efusivas cobranças no pós jogo a respeito da condição etílica de alguns atletas.

- Afonso: lutou, brigou, não ganhou quase nenhuma na meiuca. Porém como de costume colocou os companheiros em condições muito favoráveis para marcar os gols do SRFC. Os gols não foram marcados.

- Mafinha: Fez oba oba antes da partida e foi um dos alvos das efusivas proferência de palavras do pós jogo. Tudo parecia que sua atuação seria um completo desastre. Mas não foi. Brigou bem no meio campo, deu cerca de 2 sapatadas nos adversários e tentou ajudar na saída de bola. Cansou rápido, mas melhor que o esperado.
- Felipe: gerou dúvida na cabeça do treinador. Fez uma lateral consistente, apesar da corriqueira falta de sangue nos óio. Apoiou como pode, recompôs a marcação, pediu pra sair mas na verdade só queria um gole de água e foi muito participativo no primeiro tempo. Já no segundo caiu de produção em virtude da deslocação para a material direita. Em suas palavras perguntou: "Alguém tem uma perna direito para emprestar?"
- Beto: foi bem. Xerifou. Salvou contrataques e uma incrível bola em cima da linha do gol. Se arriscou até em arrancadas inspiradas no velho Lucio, campeão mundial em 2002. Jogou de terno e botinas.
- Shazão is back again: surpreendeu!!! Belos passes, pelos cruzamentos, jogou 50 minutos da partida divididos em 8 substituições e bateu recorde: foram 4 laterais. Sim, 4 laterais consecutivas que bateu sem errar nenhum!! Não podia ser melhor.
- Leo: a grande esperança de jogadas verticais, ligeiras e objetivas tentou...Tentou...Tentou de novo. Participou muito do jogo,  buscou contra ataques, mas acabou não entregando o resultado esperado, ainda mais devido a um bom desperdiçado em bela assistência de quem...?? Quem ??? Quem?? O contestado, embriagado e craque Afongol.
- T. Donini: dominou o meio campo no primeiro tempo. Tentou os tradicionais chutes de bico que nunca funcionaram no campo. A não ser quando foram realizado pela dupla RoRo nos anos 90. Realizou uma linda jogada, alá Messi destro, se livrando da marcação de vários zagueiros, até perder a referência de onde estava o gol e arrematando pra fora.
- Barduco: o aniversariante!!! Para este péssimo escritor, o faro e o rosnado deste antigo pitbull apareceram em alguns lampejos, mas ainda permanecem adormecidos em suas profundezas. Foi dele a belíssima assistência de longe para a grande jogada do T. Donini.
09 - Pelé branco, dididididiê: o Pelé esteve lá? Pelé pouco apareceu no jogo. Sua posição de volante talvez não tenha encaixado tão bem. Talvez seu melhor desempenho seja na verdade como o bom, velho e lento lateral esquerdo.
- D.Bertaglia: O CAPITÃO!! Que moral D. Bertaglia!! Além de grande jogador, é também admirado pela sua forma de ser fora de campo. Em sua preleção disse pouco, mas disso tudo: " Não vamos entrar distraídos no início do jogo!! Pra não acontecer como todo jogo: tomamos gol no início e depois complica". Já no jogo, na primeira jogada, recebeu uma bola semi apertadada e ainda com a carcaça fria fez jus  a seu codinome "Bunda": Fez cagada. Perdeu a bola para o atacante e ajudou o SRFC repetir praticamente todos os seus jogos. Tomou gol logo no início.
- Gui: obrigado pela presença. Perdeu 2 gols. Saiu chateado.
- aron: zagueiro firme. Bela atuação.

- Professor Maffia: armou bem as peças que tinha na mão. Defesa e meio consistentes, mas faltou atletas que ajudem ao time avançar.
- Flávio: foi de chapéu, tomou 2 cervejas e cuidou do Lorenzo.
- Manolo: de bigode, foi tomar mate e tava bravo porque tinha que ir pra Barra. Que barra em Manolo.
- Burninho: foi ver o Léo.
- Lorenzo: ligado no 220V jogou bola, desenhou, comeu uma banana, assustou com um grito de gol dos suplentes (que não foi gol), chorou, mas passou.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Sem Recurso 2 x 2 Baldi

Para enfrentar o time Baldi FC, a equipe do Sem Recurso FC voltou ao local de sua criação, o estádio onde tudo começou, o gramado que abriu as portas do futebol caipira sem recurso para o mundo!  Estamos falando do estádio Professor João Roberto Pilan, mais conhecido como Inca.
Como o filho pródigo que a sua casa retorna, foi com grande entusiasmo que os atletas reencontraram a cancha que os uniu num fatídico domingo há tempos atrás...Saudosas lembranças daquela partida vencida por 5 x 2, de virada no intervalo, após hidratação com gatorades sabor cevada. Mas o filho pródigo estranhou o tapete da casa no retorno...o gramado estava lastimável. De longe parecia que estava horrível, e de perto parecia que estava longe. Havia 3 tipos de grama e 1 de braqueara, não havia linhas de marcação alguma, nas redondezas das metas até a marca do pênalti era um terrão só e a terraplanagem inexistia, criando assim morrinhos artilheiros, morrinhos zagueiros, morrinhos de tudo quanté tipo.



Se apresentaram à convocação do técnico Rafael Bacia os seguintes comandados na formação 3-4-3: ET; Bunda, Barduco e Manolo; Caio Romero, Maffia, Cegão e Felipe; Jorge, Thales e Afonso. A espera de um milagre no banco ficaram Yuri, Fer Véio, Léo e Shazam. O siricutico de professor Pardal atacou de novo em Bacia e ele posicionou Barduco entre os zagueiros e Cegão na volancia. Os dois velhos medalhões da equipe, com muita rodagem pelos gramados, em poucos minutos se ambientaram às funções determinadas.
A presença de Shazam e Léo, ausências frequentes no plantel e os desfalques de Pele Branco, Flávio Pires e Daniel Saidera com certeza confundiram os espiões adversários, que tiveram que se reestruturar minutos antes do início do certame.



A partida:
A posse de bola inicial foi do Sem Recurso e já aos 4 segundos de partida Barduco se embananou todo ao pisar na bola e quase caiu ao chão, se recuperando rapidamente, tocando de lado e erguendo o queixo como se tudo estivesse em ordem.
As duas equipes se estudaram no início de jogo, com avanços ponderados na tentativa de pouco expor as defesas. Porém o Sem Recurso tem o DNA vertical e quando esta com a bola nos pés ataca o quanto antes, em rápidas disparadas, lembrando muito as equipes do Egito na Copa de 74 e a Nova Zelandia nas eliminatórias  oceanicas de 93. Essa estratégia é o ponto forte e ao mesmo tempo o ponto fraco, pois muitas vezes os laterais e até mesmo os zagueiros são surpreendidas com homens nas costas. 
O primeiro gol sofrido pelo guarda redes ET foi aos 15 min, em total lambança entre o ex jogador de futebol Barduco e o durão Manolo. Em cruzamento na area, os dois foram afastar o perigo juntos, mas Barduco chegando mais rápido, deu uma casquinha de cabeça pra tras na redonda, em direção a seu gol, matando Manolo no lance. A bola sobra para os famigerados atacantes baldianos que não deram oportunidades para o goleiro ET mostrar serviço.
Manolo já é conhecido pelo seu estilo rústico e bruto, fumando paiero antes e depois do jogo, distribuindo pernadas nos jogadores adversários, sem papas na lingua quando enfrentado e possuidor de uma espingarda no balcão de sua loja pra atender bem os clientes. O toque final no bicho do mato foi o bigode grosso que agora ele desfila amendrontando as crianças, senhoras, padres, cachorros e atendentes do comércio. Não é de se admirar que Bunda jogava sobrecarregado com dois atacantes a tira colo enquanto Manolo andavam num vazio constante de 5 metros de raio.


A equipe do Sem Recurso ferida com o gol levado, foi ao ataque e após algumas tentativas, conseguiu vazar as redes da meta oposta. Com uma assistencia cirurgica de Maffia e corta luz providencial de Caio, o japones paraguaio Jorge recebeu a pelota de fronte a zaga postada, ultrapassou os defensores, armou o chute e em bela finalização acertou as redes nas bochechas do gol. Gol do Sem Recurso!!!
Jorge, o sushi man, teve outra chance de aumentar o score para sua equipe em fantástica cobrança de falta, exigindo do goleiro adversário uma complicada defesa no pé de seu poste esquerdo.
O segundo gol sofrido por ET foi uma jogada infeliz, em bate rebate na altura da meia lua, onde os adversários chutaram em direção a meta semrecursense, a bola desvia na corcunda lisa de Maffia, muda a rotação esférica de anti horária para horária, quica dentro na pequena área e engana o amoado goleiro ET, sem novamente ter culpa no tento contra os paus que ele defende.
Houveram algumas outras oportunidades de chutes a gol, em especial com Cegão que pegou um zagueiro distraído, tomou facilmente a bola de seu domínio e avançou até a grande área. No momento do chute, um dos morrinhos elevou a bola em 2 centímetros e o que era um certeiro chute rasteiro tornou se um canhão a céu aberto.
Para o segundo tempo a orientação foi de entrar ligado na partida evitando repetir as cagadas em partidas anteriores, levando gols em jogadas com atletas de corpo mole. E o time entrou ligado, bem posicionado na defesa, atacantes de olhos abertos esperando por bolas de contra ataque.
Afonso, um desses atacantes fez o momento Madeirão da partida. Em típico lance deste atleta, tentando domínio da gorducha no meio campo, rodeado por três jogadores do Baldi FC, Afonso parecia um boi bandido esperneando pra cá, esperneando pra lá, chifrando o ar e a poeria subindo, protegendo sua jogada com o corpo, abrindo os braços pra criar apoio e tentando de todas as formas se ver livrede marcação para poder jogar. Finalizando em grande estilo, Afonso chuta forte sua própria perna esquerda com a direita e se estabefa no meio campo já cansado por 8 segundos de muito suor na bolha agitada em que vive a sua mente. O curioso foi que além de os três adversários pouco tentarem roubar a bola neste show de rodopios e maluquices, a bola permaneceu sem movimento no chão o tempo todo.



O empate veio com um gol anotado pelo meia Léo, em tabela com Thales. Praticamente sem ângulo e já sem esperanças de que alguma jogada útil fosse executada no posicionamento em que se encontrava, Leo desfere um forte kick em direção a meta balidiana. Caso fosse de menor potência, poderia ser considerado um cruzamento, talvez uma assistência, pois ele se encontrava em cima da linha de fundo. A bola rebate na coxa esquerda do zagueiro vestindo uniforme amarelo, muda bruscamente de direção e morre nos fundos das redes. Este blog vive de informação e da verdade, e o gol foi contra. Mas na súmula o pobre coitado ET, que estava no apito e que já havia sofrido muito no primeiro tempo, anotou como gol do atleta numeração 10- Leo. Empate do Sem Recurso!
A torcida foi ao desespero quando Cegão mais uma vez teve chance de fazer seu gol, dessa vez para virar a partida! Em excelente jogada tramada com Leo e Thales, este que é um belo exemplar de atleta, recebe em ótima situação de finalização, na velocidade como não poderia ser diferente, domina com cuidado e bate no contra pé do guarda redes. A bola passa a 60 centimetros da trave e vai pra fora. O jogador foi consolado pelos colegas com frases como "só perde quem está lá" e também com "puta que pariu, se você faz aquele a gente ganha o jogo". 
O goleiro Yuri, que entrou como reserva no segundo tempo, fez uma impressionante defesa, com vento nor-nordeste contra sua meta. Em chute alto no meio, Yuri apenas levantou os braços e congelou a bola em suas mãos, sem quaisquer movimentos do corpo e braços. Surpreso com o que havia acabado de fazer, fez uma cara de "caguei nas calças" e recolocou a bola em jogo.
O Baldi FC quase colocou água no chopp semrecursense. Em chute ou cruzamento vindo do lado direito, a bola pega carona com o vento, sobrevoa a área, passa por cima de Yuri e cai no travessão, saindo em linha de fundo. Quase o terceiro e arrepiante gol do Baldi.
Fim de partida, empate em 2 a 2.









Destaques individuais e bolas murchas:

- técnico Bacia não consegue fazer o time vencer

- Caio Romero foi aclamado pela crítica e levou troféu Kopenhagen de melhor do dia

- Shazam durou 15 min em campo, mostra avanço de desempenho 

- Fer Véio fez segura partida como zagueiro 

- Blogueiro destaca a atuação de Thales, participou muito bem em vários lances

- Caio Romero é um lateral que não cobra lateral. Que achado! Grande trabalho dos dirigentes ao contrata lo!

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Piramboiense 4 x 2 SRFC

A primeira viagem internacional a gente nunca esquece!
O time de futebol Sem Recurso FC percorreu incontáveis quilômetros, atravessou rios e cachoeiras, vales e montanhas, ultrapassou divisas e fronteiras, desceu a popularmente conhecida Serra de Botucatu e adentrou no interior paulista para mais um compromisso em seu extenso e sacrificante calendário futebolístico.
O adversário desta jornada foi a Associação Atlética Piramboiense, fundada em 1942. Pirambóia é um distrito do município de Anhembi, com população girando em torno de 1.350 habitantes. No passado sua posse foi disputada pela cidade de Bofete, por sua importante localização estratégica devido a passagem da estrada de ferro Sorocabana. No ano de 1993 o distrito tentou sua independência, porém sem sucesso manteve se como está até hoje.





Tamanho deslocamento exigiu trabalho intenso de logística nos bastidores. Como Pirambóia não possui aeroporto, a equipe seguiu de van fretada. A orientação aos atletas foi de transportarem apenas o mínimo necessário para a partida, pois todo o espaço interno disponível seria utilizado para isopores e coolers contendo cerveja, item indispensável para hidratação no retorno. A hidratação na verdade estava liberada desde o início da viagem e dois atletas foram vistos bebendo na ida: Pelé Branco e o guarda redes Yuri, que é estrábico e tem a vista debilitada, possuindo visão funcional de 80% em seu olho esquerdo e apenas 5% em seu olho direito.
Após 40 minutos de um calmo e pacífico transbordo, o scret semrecursense chegou a Pirambóia. O motorista da van estacionou em uma sombra atrás de um dos gols e logo foi aconselhado a encontrar um local menos visado pelos atacantes botucatuenses, que estão tendo problemas em acertar seus chutes a gol. A partida que foi planejada para ter início as 9h (horário local) foi atrasada em 25 min, devido aos retoques finais de ambas as equipes na definição da coloração e tonalidade de seus fardamentos de jogo. Na opinião deste blogueiro, o meião preto deu uma impressão de time raçudo, em contraste ao uniforme todo branco, quando foram indagados se eram jogadores da Unesp em partida anterior.


O técnico Rafael Bacia trouxe sua pranchetinha imantada até o campo e no percurso sofreu chacota da torcida, por ser muito nutellinha. A sua disposição estavam: o arqueiro Yuri, os laterais Thalismã e Pelé Branco, os zagueiros Felipe Pedrada e Bunda - o italiano, os volantes Fer Véio, Maffia e Barduco - o pitbull enjaulado, os pontas Cegão, Daniel Saidera e Caio, o armador Flávio Pires e o trombador Afongol. Os atletas Fer Véio e Caio ficaram no banco, derretendo sob o forte calor que fazia no momento.
A média de idade do Sem Recurso é de aproximadamente 32 anos (o número sobe para 37 quando Fer Véio joga). Do lado oposto jovens de 18 a 25 anos, tendo até uma promessa de 16 anos. Sufoco pros mais velhos.
A partida:
Os primeiros 20 minutos de jogo foram de grande posse de bola do time da casa, praticamente 80%. Fechado atrás, o Sem Recurso não teve chances de ataque e Pirambóia, apesar do domínio,  também pouco produzia. Em jogada conturbada dentro da área, após duas tentativas de chute a gol em sequencia que nas duas vezes foi bloqueada com as mãos, o juiz apitou e apontou a marca do pênalti. Yuri infelizmente não acertou o canto na batida e nada pode fazer para evitar o gol de Pirambóia.
Os visitantes então pareceram acordar, conseguindo algumas escapadas em velocidade ao ataque, característica desta equipe. Cegão e Daniel Saidera tiveram algumas oportunidades de se aproximar a área, mas erraram no drible que antecede a finalização ou a assistência final. O último passe não estava saindo. Quem resolveu a dificuldade na assistência foi o lateral esquerdo Pelé Branco, que em situação avançada, ergueu a cabeça e fez um longo cruzamento a área em direção a Afongol. Este atacante, já velho de guerra, estava bem posicionado e executou o vôo do beija flor, parando no ar por 7 segundos, com os braços erguidos em pose cinematográfica de karatê kid Daniel Sam, pronto para dar o golpe. Que cruzamento! Que jogada! Que imagem! Afonso finalizou em direção ao gol mas o chute rebateu na zaga, voltando em seu peito dividindo com o goleiro, a bola sobra no ar e cabeceando bola, zagueiro e goleiro, anota o suado gol para o Sem Recurso FC!!! Empate em 1 x 1.
Ainda no primeiro tempo Flavio e Cegão tiveram a oportunidade de virar o marcador em faltas cobradas nas redondezas da grande área. Flávio, o especialista e cobrador oficial do time, acertou o travessão em belo chute por cima da barreira. Quase gol! Cegão em posição um pouco mais distante tentou repetir o tento feito no jogo anterior, em chute de média força, fazendo a bola quicar a frente do goleiro, mas não teve êxito nesta cobrança.
A equipe do Piramboiense também teve suas investidas, em lance cara a cara e em cobrança de falta. E foi então que o guarda redes Yuri apareceu e cresceu. No lance cara a cara fez ótima defesa impossibilitando uma jogada de gol quase certo, e na excelente cobrança de falta do 10, em que a bola fez curva e súbita queda, o elástico arqueiro botucatuense buscou a bola em seu canto esquerdo e fez uma das defesas mais bonitas de sua carreira. Fechou o gol.
A administração do agradável campo de Pirambóia mantem o campo com fertilizantes orgânicos, grandes rodelas de bosta de vaca distribuídas em alguns pontos do gramado. Em alguns lances de passe a bola desviava na bosta, dificultando a domínio e a concentração dos atletas. Foi um desafio a mais para os dois times, que tiveram sorte de o tempo estar quente e seco, não tendo a preocupação de escorregar na merda. 
O sol castigava as duas equipes e para alívio geral o primeiro tempo, em que alguns atletas de Botucatu já se arrastavam, terminou.




Após o descanso, ficaram no banco o volante Maffia que deu lugar a Fer Véio, e Daniel Saidera, que havia sido substituído no final do primeiro tempo, dando vaga para Caio.
Esta dupla, Daniel Saidera e Caio, protagonizou o momento Madeirão da partida, em situação mais a frente quando os dois estavam em campo. Em jogada pelo corredor direito, tentando pegar os adversários com as calças curtas, Daniel e Caio tramaram jogada que foi cortada pela lateral. Daniel alvoroçado, agoniado para dar rápida sequencia ao lance, grita para Caio ir fazer a cobrança. Este atleta parecia avoado e levou alguns segundos a perceber que a bola saíra pela linha, que teria a posse de bola e que era ele mesmo quem faria a cobrança. Ao enfim Caio elevar a bola sobre sua cabeça, Daniel gritava desesperado "pra mim, pra mim, aqui, aqui" mas Caio não estava bem, e num mal súbito teve o famoso piripaque dos Chaves, travando por completo. Com o olhar perdido num horizonte sem fim, ele parecia não ver e nem reagir ao berros e pulos aflitos de Saidera, que nessa altura já havia perdido a esperança de armar um contra ataque veloz. Após mais alguns segundos de bloqueio mental, Caio arremessa a bola pro alto, tocando para absolutamente ninguém, em vergonhosa reversão. Daniel saiu da jogada abatido pelas fortes emoções sofridas.
Como é de péssimo costume, os jogadores do Sem Recurso iniciaram de corpo mole a segunda etapa, dando possibilidade do Piramboiense gerar muitas chances de gols. Com auxilio de Yuri, até  conseguiram resistir por 12 minutos sem ser vazados, mas o time parecia não acordar. E o pior aconteceu: a equipe sofreu 3 gols em questão de 10 minutos. Com certeiros lançamentos e rápidos ataques por baixo, o conjunto todo falhou. Eram 25 minutos do segundo tempo e o jogo estava 4 x 1 para dos donos da casa. Apesar de algumas discussões pontuais e algumas cabeças baixas momentâneas, o time juntou os cacos e voltou a batalha após parada técnica devido ao forte calor. Recompôs sua defesa, ajustou os volantes e fez novas combinações com os atacantes. Neste momento Flávio sente sua velha lesão atrás da coxa tatuada e teve de ser substituído, encontrando Thales no banco, que também sentia lesão em seu calcanhar. Mesmo sem os 2 atletas, a equipe tentou se unir para tentar fazer um ou dois gols, honrando o uniforme.
O Sem Recurso se expôs em alguns momentos tentando reagir, e quando era agredido pelo adversário, a defesa rebatia, em ótima partida de Daniel "Bunda" Bertaglia e estupenda e inesquecível atuação do goleiro Yuri. Em determinado chute desferido pelo bom jogador piramboiense numeral 10, nosso arqueiro fez uma linda ponte executada com salto de 2 metros de distancia e jogou pra fora o perigo. Devido a seu vultuoso corpo de enorme concentração calórica, quando Yuri foi ao solo registrou-se um abalo sísmico de 4 graus na escala Richard, acusado pela central de terremotos de Anhembi.
O Sem Recurso conseguiu descontar o placar em lançamento de Afongol nas costas dos zagueiros para a velocidade de Cegão, que dominou a pelota já tirando do goleiro, restando apenas empurrar pra dentro.
Ainda houve tempo de Barduco realizar uma cobrança de falta que ele prefere esquecer, mas este repórter não. Com receio de chutar forte demais e perder a bola no córrego que flui atrás da meta, o volante que não passa por grande fase, efetua um chute pífio, tímido e sem vergonha, longe 3 metros da meta e tão fraco que pingou antes de sair pela linha de fundo.
Restou ao juiz encerrar a partida, com o placar em 4 x 2 para Pirambóia.
Apesar da derrota, a equipe de reuniu animada pois era o momento esperado da abertura do isopor, 40 minutos de viagem reidratando o corpo, rumo ao Bar do Caipira, no topo da Cuesta.

Destaques e desempenhos individuais:

- Yuri, o melhor do jogo (pela primeira vez um goleiro)
- Maffia efetuou dois bons chutes a gol
- Afonso faz sua parte e sempre guarda o seu
- Daniel rabiscou os zagueiros, 3 dribles por segundo

Acendeu sinal amarelo para técnico:
- Thales abertamente insatisfeito com a lateral
- Posição de ET como titular no gol completamente comprometida



segunda-feira, 16 de setembro de 2019

SRFC 4 x 4 Baldi FC

Foi apresentado neste final de semana o novo comandante técnico da equipe do Sem Recurso FC, Rafael "Bacia" Maffia. Natural de Viçosa - MG, 33 anos, engenheiro agrônomo, empresário, casado, heterossexual até o fechamento desta edição. Já jogou por diversas equipes e está no SRFC desde sua criação. Já proferiu mais de 85 octabilhões de palavras em sua vida e é o atual recordista brasileiro de palavras ditas por minuto em uma partida de futebol: 128. Possui casa simples em Capitólio - MG e já pensa em adquirir uma na praia. Ou em estancias de inverno com neve. Está analisando, tomara que seja na praia.
Escolhido a dedo pelo antigo líder semrecursense Daniel Pires por ter grande habilidade humana e alta frequência nas partidas e nos botecos pós jogo, Maffia fez discursos inflamados nos dias anteriores a partida, usando frases impactantes como "comigo vai ser diferente", "não pode ser assim nunca mais" e também "quem não gostar que se adapte".
Seu primeiro desafio foi contra o velho conhecido Baldi FC, adversário dos tempos do extinto campo da Caio, quando as equipes se enfrentaram por 2 ou 3 vezes em partidas memoráveis e antagônicas que ficarão para sempre na história do Sem Recurso FC. O match foi disputado no campo ADPM e terminou num belo empate em 4 x 4.
Com medo de serem excluídos pelo novo líder, que tem perfil diferente do paizão Daniel Pires (saudosas preleções animadas com ações para motivar os atletas, preferência para os mais assíduos entre outros mimos aos seus "amigos atletas", como costumava dizer Daniel) os atletas comparecem em alto número para a partida. Nada menos que 17 jogadores estiveram a disposição de Maffinha. E fez valer seus discursos com a escalação inicial: ET; Manolo, Beto e Bunda; Thales, Maffia, Afonso e Pelé Branco; Flávio, Cegão e Daniel. No banco ele deixou Yuri, Felipe, Barduco, Jorge, Shazam e Caio.



O sistema 3-5-2 já havia sido usado por Daniel Pires, então não vemos ai novidade. Mas tivemos grandes mudanças nos executores das funções: Thales, ficou como um falso lateral, falso ala, falso ponta. Só falsidades! Fez bela partida cumprindo suas novas obrigações. Ao ser questionado se seria um problema jogar como lateral, o mesmo respondeu: "Não vou entrar de latera. Vou entrar pra decidir o jogo!" E decidiu, com 2 belos gols, um deles em passe mamão com açucar de Afonso, o garçom artilheiro do Sem Recurso. Afonso jogou de volante, algo que já havia feito em outros jogos. Também cumpriu funções de lateral direito e centro avante. Parece esse ser o xodó de Rafael Maffia. Outra grande mudança foi o avanço do atleta Cegão para o ataque, tentando fazer uso de sua conhecida velocidade e raça nas disputada de bola. Cegão chegou a chutar o chão em tentativa de arremate, mas não podemos dizer que fez mal jogo, apenas poderia ter passado a bola algumas vezes pro esbaforido Daniel Saidera, atleta que se dedicou demais neste domingo. E por último o Blog cita como outra grande diferença entre presente passado e futuro a escolha de esfriar Barduco 8 no banco. Seria um grande escândalo essa decisão não fosse a péssima fase que vive Rafael Barduco, aquele que já foi chamado de Pitbull Enjaulado. Gordo de barriga dura e lento de passos pesados, seu andar pinguim já não encanta mais a torcida. O próprio já disse que precisa esquecer a temporada 2019 e pensar no ano que vem. Os outros atletas que ficaram no banco poderiam ser titulares, como também podem ser reservas, é de difícil escolha e é por essa razão que temos um comandante.




Com a bola em jogo, o Sem Recurso abriu o placar com gol de Thales após trama pela direita, estufando as redes em rebote de rasgante chute de Cegão. A equipe do Baldi FC virou ainda no primeiro tempo, com direito a um belo peru de ET, em chute de média força pingando em sua frente e como um bonecão de posto, ficou vendido no lance. Antes do intervalo, Caio que havia substituído alguém (foram inúmeras trocas nos dois tempos) fez um chute chamado Bola Morta, do bico da grande área, acertando calma e vagarosamente o angulo. A pelota flutuou até as redes, um impressionante gol do Romero do Sem Recurso.





Para o segundo tempo, novos atletas, novo gás e gol do talismã caipira Thales com sua chuteira cor lima da pérsia! Em jogada que Afonso rodeado por vários adversários tentou chutar de esquerda, pegou de direita com o calcanhar tentando o lado esquerdo, indo de esgueio pro direito e sobrando livre pro menino balada finalizar forte no canto do guarda redes oposto. Sem Recurso na frente do placar! Para fazer uma cera, minutos depois Afonso cai no chão, descansa um pouco e descobre que será substituído por Shazam, o Ricardo Creminho. Cabisbaixo, sai Afonso. Mas logo volta pois em 2 minutos e 4 segundos Shazam consegue a proeza de se machucar novamente e já deixa o campo. Se tivesse maca, sairia de maca. Saiu mancando bravo, com dores na região da barriga. Em alguns lances de ataque e contra ataque, a equipe do Baldi consegue novamente a virada! Faz 2 gols em alguns minutos e fica muito próxima de carimbar com derrota a estréia do novo técnico. Para salvar a pele de seu amigo técnico, Cegão se voluntaria para realizar cobrança de falta de fora da área ("de muito longe, longe pra caramba" chegou a comentar Pelé Branco) Orientado por Barduco, Afonso, Maffia, Pelé Branco e Jorge, Cegão chuta com pequena curva em média potência para o canto que se mostrava quase aberto e aos 44 minutos do segundo tempo empata e finaliza o certame.
Os destaques da partida: Pelé branco capitão pela primeira vez, com seguras palavras motivou seus companheiros, Manolo em mais uma partida exuberante, anulou o serelepe atacante adversário e Thalismã, com 2 gols fez por valor o frete de Bauru até a Cuesta.
Uma boa estréia para o técnico com plantel recheado e partida recheada de eventos!

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

AAF 4 x 2 Sem Recurso

O time de futebol semi amador do Sem Recurso FC voltou aos gramados neste final de semana para reencontrar a equipe da Associação Atlética Ferroviária. Em contraste a confrontos anteriores, o adversário compareceu com elenco de qualidade técnica superior e fez jogo duro para os visitantes.
O manager Daniel Pires teve a disposição elenco justo, precisando contratar as pressas o médio volante Caio Quini e o atacante P.H. Ganso, gerenciado por T.Donini.
Estiveram honrando o uniforme clássico do Sem Recurso: ET e Yuri debaixo das traves, Cegão, Beto, Felipe, Pelé Branco, Maffia, Fer, T.Donini, Flávio, Afonso, Daniel e Coelho. Este último iniciou com a bunda no cimento, fazendo cia aos atletas contratados.
A torcida foi composta por 3 pessoas: o pai do atleta Rafael Bacia, investidor de alto calibre, aventando a possibilidade de adquirir o time e na sequencia encerra-lo, para o filho não passar mais vergonha; a corajosa esposa do zagueiro Felipe (corajosa por escolher aquele traste como companheiro até o fim da vida e por passar uma bela tarde de sábado acompanhando partida tão tenebrosa) e um torcedor anonimo vestindo o manto oficial número 1 de nossa folclórica equipe. Não pudemos investigar a origem de seu uniforme, apesar de possuirmos um investigador na equipe.
Com a bola em jogo, Afonso fez o gol mais rápido da história da equipe, balançando as redes logo no primeiro minuto e 52 segundos de disputa. Em bola alçada a área,o bumba meu boi tomou conta e após insegurança do arqueiro e quase gol de Tiago de cabeça, Afonso acertou o angulo, de cabeça, estando a 50 cm da trave. Gol feio vale o mesmo que golaço, 1 x 0 Sem Recurso.
Fato inédito para a equipe poder começar o jogo com tranquilidade e sem pressão! Os atletas até que tentaram executar jogadas bem tramadas, fazer o adversário correr atrás, jogar de um lado para o outro. Mas só tentou...pois não ouve efetividade dos atletas de ataque.
O avançado Daniel, em papo interno após o jogo chegou a dizer "difícil tentar uma jogada sozinho contra 3 zagueiros quando temos que dominar uma melancia". Sua crítica fazia sentido, pois eram raras as chances que os médios e avançados podiam receber a bola e levantar a cabeça procurando seus companheiros.
O empate não demorou a chegar. Em jogada dentro de sua área, Cegão se viu isolado contra o atacante oposto que estava praticamente sem angulo para o arremate, e decidiu pressiona lo até que o campo acabasse, mas de forma exagerada. O atacante já foi desmoronando quando recebeu o tranco final, ainda dentro da área. O assoprador marcou pênalti, que foi convertido com facilidade pelo atleta da AAF, ciente de que o atleta ET jamais pula pro lado esquerdo, uma singela característica de nosso goleiro. Fim do primeiro tempo.
No retorno do jogo o scret semrecursense conseguiu rapidamente ficar a frente do placar! Em jogada de contra ataque, Flávio recebeu no meio e de olhos fechados sentiu a presença do atacante P.H.Ganso em velocidade na linha dos zagueiros. Este que entrou no final do primeiro tempo, correu muito, conseguiu domínio, teve tempo de cortar o zagueiro na entrada da área e finalizar, sem chances para o guarda redes ferroviariano. 2 x 1 para os visitantes!
E o que era de se esperar, aconteceu: o "juiz" favorecendo time da casa. O juiz sempre é um jogador do time da casa, que já esteve em campo ou que entrará e além disso não aceitam dividir o apito meio tempo cada. Apenas este fato já sinaliza algo. Em lance dentro da área, Afonso recebe a bola de fronte ao goleiro, poe na frente para ultrapassa lo e é desastradamente derrubado. Os atletas do Sem Recurso até param o lance, já aguardando que a jogada seja paralisada para anotar a falta, mas o apitador nada anota, pede que continue o jogo para desespero de Tiago, Afonso, Flávio e outros que estavam nas redondezas. Incrível como não pode ver! Inacreditável dizer que foi lance limpo. Vergonhoso jogo após jogo essas bobagens acontecerem...
Citamos aqui frase deste mesmo veiculo midiático da última partida contra a própria AAF:
"Aos 43 min, em tentativa desorganizada de contra ataque, a Ferroviária faz um longo lançamento para seu 9, que claramente, obviamente e vergonhosamente impedido, domina a pelota, em vantagem métrica espacial deixa os backs pra trás e finaliza no canto esquerdo do quase semi deficiente visual Yuri. Gol da AAF. Muita reclamação do Sem Recurso FC, o banco se levanta e não acredita que o apitador não indicou a ilegalidade da jogada."
Jogo após jogo se repete a história. Fosse questão de interpretação, de angulo...mas em todo jogo! Não se diz que a derrota se deve a um só lance, mas poderia ter dado rumos diferentes. É um absurdo! Isso é pífio! Isso é patético!
Mesmo assim, o Sem Recurso continuava a frente!
Como alegria de pobre dura pouco, e se as vitórias fossem dinheiro o Sem Recurso seria um endividado, o empate em poucos lances também apareceu em um chute forte do meio da rua, caindo nas bochechas do gol de Yuri, que lento e escondido atras de seus parceiros, nada conseguiu fazer.
O tempo passava e a equipe do Sem Recurso não conseguia armar com eficacia suas jogadas de ataque. Teve posse de bola, teve tempo para conseguir a vitória, mas não teve "Organização e Tramas Agudas" tema da última aula de sexta feira do curso noturno "Futebol e seus macetes" que o professor Daniel Pires frequentou no Industrial no ano de 1998.
Sem oferecer perigo ao goleiro, sem se aproximar dos postes opostos, o Sem Recurso conseguiu sofrer 2 tentos muitos parecidos: bola cruzada pela direita, ofensivo numeral 10 completando para o gol. As duas jogadas nas costas do lateral direito que atuava com zagueiro naquele momento, na primeira foi antecipado e na segunda sem tempo aéreo.
Os atletas tentaram algumas jogadas finais em contra ataques, chutes de fora da área e cobranças de falta, mas todas com pouco perigo.
Ao final de jogo o avançado Daniel Saidera estava muito abalado, não quis dar entrevistas. Foi ao bar, pouco beijou seu copo e logo se recolheu. Alguns atletas começam a sentir o peso das seguidas derrotas.
Ou cai o técnico ou mudanças ocorrerão.
Na torcida o zum zum zum é de que se jogue no 4-2-4 ou até mesmo 2-5-3 em total radicalismo estratégico.
Quanto ao investidor, não se ouviu mais falar.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

A bola pune


A última partida do Sem Recurso FC se transformará em aprendizado e crescimento se os jogadores souberem administrar as razões e emoções decorrentes. Em nova visita  a Associação Atlética Ferroviária, derrota maiúscula por três tentos a zero, porém a forma e o momento em que os fatos ocorreram, leitor deste blog, é de se orgulhar, de se envergonhar, de se admirar, de se enraivercer e de se refletir sabiamente.



Compareceram ao estádio particular, de capacidade de 3.500 pessoas, 38 pessoas, já considerando todos os atletas, comissões técnicas, funcionários do clube como porteiro e almoxarifado e também o juiz. Não havia bandeirinhas, tampouco o atual moderno sistema VAR.
De uniforme branco, a segunda opção de fardamento da equipe semrecursense, estiveram presentes: Yuri, Cegão (febril e amoado), Bunda, Manolo (generoso ao distribuir heinekens recém conquistadas), Pelé Branco, Barduco (banhou se pelado após o jogo), Maffia, Jorge, T. Donini, Flávio, Daniel Saidera (aparentemente são), ET, Fer Véio e o nota de cem Coelho. Os três últimos iniciaram a partida esquentando as nadegas no cimento.
Eram 9h45 da manhã do dia 28 de julho deste ano corrente quando o Sem Recurso FC completou seus melhores 45 minutos de futebol em sua história. Domínio total do adversário, zaga postada, volantes balançando em conjunto, laterais apoiando alternadamente, meio campistas avançados criando situações e atacantes sedentos pelo gol. Mas como em um deserto, não houve água para molhar a boca. E muitas chances foram criadas, mas muitas chances. Para ser conservador, foram criadas 2 ou 3 oportunidades claras de gol e outras 8 que por falta de capricho a mais não se concluíram em números no placar. Por todo o primeiro tempo a equipe visitante martelou e martelou e martelo e nada. Só que no futebol existe um velho ditado: a bola pune.
Aos 43 min, em tentativa desorganizada de contra ataque, a Ferroviária faz um longo lançamento para seu 9, que claramente, obviamente e vergonhosamente impedido, domina a pelota, em vantagem métrica espacial deixa os backs pra trás e finaliza no canto esquerdo do quase semi deficiente visual Yuri. Gol da AAF. Muita reclamação do Sem Recurso FC, o banco se levanta e não acredita que o apitador não indicou a ilegalidade da jogada. Fim de primeiro tempo, cabisbaixos e enfurecidos, descansam os atletas de pouco recurso.



Pausa para fatos curiosos: Maffia levou um bolada no saco e nutellamente pediu pra sair; Saidera aos 14 min teve que se aliviar no toillet (n°2) e chamou Coelho para segurar as pontas.
Na volta do segundo tempo, ET, Fer e Coelho foram acionados. E logo aos 7 min em bela jogada de cruzamento e cabeceio (flash back do último jogo vs Rebola) a Ferroviária colocou a bola no fundo das redes pela segunda vez. Um balde de água fria enorme nos atletas que já estavam com moral danificada. Um jogo que estavam completamente dominado em poucos lances se transformou em uma virada difícil de acreditar. 
O médio atacante Flavio Pires estava irreconhecível. Seus fortes e certeiros chutes estavam murchos e sem direção. Daniel Saidera estava lúcido e atento as jogadas, algo incomum e não soube o que fazer, onde ficar, pra que lado chutar. Jorge teve chance clara com gol aberto, em assistência que veio 12 cm mais longe do ideal, e todo esticado acertou o travessão. Tiago estava sem giz no bico do taco e todas as bolas espanaram. Quantas chances de gols perdidas!
Em lance que este repórter pouco lembra, o terceiro e aniquilador gol da AAF.



A incompetência dos atacantes, o momento em que ocorreram os primeiros gols e a bela ajuda do assoprador do apito decretaram a triste derrota. Mais uma...
A equipe comandada por Daniel Pires terá de aprender com este jogo e crescer. 
O que se tira de positivo é a clara evolução que a equipe sofre, com posse de bola, zaga postada e meio paciente.