segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Amigos do Bem 2 x 2 Sem Recurso FC

A equipe do Sem Recurso Futebol Clube participou de um grande ato de amor neste último domingo. Em projeto organizado pelos "Amigos do Bem Futebol Clube", a ação girou em torno de um amistoso de grande nível futelistico e baixa arrecadação de leite. Correção: baixissimo nível futebolístico e grande arrecadação de litros de leite, que serão doados ao Fundo Social de Solidariedade de Botucatu. No total foram acumulados 186 litros. Há suspeitas de desvio, pois sabe se que o lateral Ricardo Creminho, o Shazam, só joga se beber seu toddynho morno pela manhã e é possivel que uma caixinha a menos chegue aos necessitados.


Vale o comentário da pró atividade do lesionado atacante Thiago Donini, o artilheiro do Sem Recurso no ano, que se habilitou a recolher as notas e fazer o frete do laticínio para o restante da turma.
O confronto foi realizado no perfeito gramado do estádio Severino de Almeida, o campão de Rubião, que tem gramado sintético e nivelamento de piso 100%. Foi um dos melhores estádios em que a equipe do Sem Recurso já pisou pois as linhas estão perfeitamente pintadas, os bancos de reserva tem cobertura, nas redes dos gols não há furos, não há morrinhos, não há buracos, não há gramado alta, não há solo duro, não há braquiara, pelo amor de deus onde acharemos uma desculpa pro nosso terrivel futebol? Além de tudo isso foi contratado trio de arbitragem (valor de 5 reais por jogador) e a bola utilizada foi a recém lançada "Al Rihla" da Copa do Mundo do Catar de 2022. Realmente não sobraram margens para qualquer desculpa de insucesso ou fraco desempenho, o que é costumeiro.
O professor Fer Véio, técnico que sob análise deste blog balança no cargo, teve a disposição grande elenco e teve dificuldades em gerenciar o grande plantel. Foram titulares ET: Carioca, Beto, Bunda e Pele Brano; Barduco, Sem Sintomas, Cegão e Flávio; Carlinhos da Cigana e Evó. No banco acolchoado estavam Thales, Afonso, Maffia, Felipe Pedrada, Caio Quini, Jorge Yasutake, e Shazam. Esteve presente, além do já citado Donini o atleta Inácio Trator, o arrancada de balsa, que curiosamente não jogou apesar de estar uniformizado a imagem de suas atuações: de calça jeans e botina. Ouviu se dizer que na lateral do campo observando o jogo Inácio parecia um técnico de time colombiano dos anos 80, com revolver na cintura.


A partida:
Foi uma bela partida de futebol de várzea. A equipe do Amigos do Bem contava com os semrecursenes Marolla e Tiago, peças valiosas que fizeram falta pro outro lado. Essa equipe conseguia fazer a redonda girar com calma pela meia cancha, porém pecava no momento de chegar mais próximo a grande área defendida pelo Sem Recurso. Em contra partida, a equipe que utilizava o uniforme odiado pelas donas de casa não conseguia sair jogando efetuando transição da zaga para o ataque. Os beques Daniel Bertaglia e Roberto Beto Black tem enormes dificuldades de passes e o blog dessa vez não perdoa: a equipe não pode continuar dessa maneira, sem saída de bola. Os zagueiros até tem argumento quando sentem falta de opção, mas a forma como vem jogando pede um basta.
Algumas chances de triangulação foram criadas pelo meio por Cegão e Flávio, servindo e sendo apoiados por Carioca, Pelé Branco e Carlinhos. Na espera de um milagre ficava o atacante Evó (a partir de agora este blog não definirá mais genero chamado de O Vó ou A Vó e será Evó). Algumas bolas quase chegaram para uma finalização limpa de Evó, mas Flavio e Cegão não foram capazes de entregar o esférico de bandeja. Flávio novamente teve oportunidade de desferir arremate dentro da área, quase na pequena área em lindo corte no defensor adversário, mas o chute saiu uma bosta, fraco e sem direção. Também tiveram chances de chute a gol outros atletas como Cegão e Evó, que tentou do meio campo e quase acertou a viatura deste blogueiro posicionada atrás das metas.
Pelé Branco, no auge de sua forma física, passou momento vergonhoso quando foi alçado ao ataque em bola esticada no ponto futuro. A cabeça quis chegar na bola, sua mente sabia o que deveria ser feito, mas este atleta se atrapalhou com as pernas e pretuberancia abdominal e de forma medonha foi ao chão, para alegria e risada da grande maioria dos presentes, em destaque a banderinha que observava o lance de perto e não se conteve.


Em jogada ofensiva da equipe do Amigos do Bem, um escanteio pelo flanco esquerdo foi cobrado de forma pífia vindo em direção do totalmente desposicionado Maffia, sozinho no bico da grande área. Como o cruzamento foi mal efetuado, a bola quicou baixa e subiu, para um rápido domínio e correria de contra ataque para o Sem Recurso, porém não foi isso o que aconteceu. Maffia por algum motivo pulou junto da bola no quique e parecendo uma perereca suicida com os braços levantados conseguiu desdominar a bola de joelho, fazendo com que espirrasse e tocando escandalosamente em sua mão, não deixando outra atitude ao juiz a não ser marcar penalti. Um lance de grande infelicidade e tremenda bisonhice. Em cobrança de penalti, 1 x 0 para o Amigos de Bem.
Do banco de reserva há relatos de que Shazam, após assistir algumas reversões de laterais, resolveu dar aula aos sentados, demonstrando a correta posição das patas inferiores, a forma como arremessar e o posicionamento corporal. A aula foi séria, mas quem assistiu disse que foi hilário e inesquecível.
Não podemos deixar de relatar duas sensacionais defesas de Rafael do Love, o goleiro intransponível do Sem Recurso FC. As defesas foram inacreditáveis e este blog até o momento não acredita mesmo.
Para o segundo tempo, a equipe que já havia sido modificada no decorrer da partida, entrou mexida. O atleta Caio Quini, que havia entrada no final do primeiro tempo, foi deixado novamente no banco, para não mais voltar. Caio Quini!!! Ótimo passador, ótimo marcador, ótimo finalizador!!! Este blog não consegue compreender as decisões tomadas pelo idoso e bom velhinho Fernando Ramos 40. Jorge Yasutake jougou pouco também, mas estava retornando ao time agora, pouco tem aparecido. O argumento de que são muitos atletas pode ser usado, mas Caio Quini!!! 10 minutos!!! Enfim cabe aos atletas respeitar, ao presidente observar e ao blog pontuar.
A entrada de Thales, o talismã do Sem Recurso foi crucial para a virada do placar no segundo tempo. Este menino que tem alergia nas pernas soube incendiar a partida, com velocidade, bom posicionamento e bom futebol. Aquele Thales que vimos em Anhembi perdendo 3 gols feitos com certeza ficou pra trás. Na linha dura que esta postagem está seguindo, não diremos que o atleta se redimiu, pois as falhas em Anhembi custaram caro, mas grande parte do serviço foi realizada em Rubião Junior. O primeiro gol do Sem Recurso saiu de seus pés após falha do guarda redes do Amigos do Bem. Em lançamento de Flávio ala Ganso em final de férias, o atleta Sem Sintomas efetou cruzamento e o goleirão soltou a bola nos pés do menino Thalesmã, que empatou a partida.
Pelé Branco novamente apareceu nos holofotes de forma curiosa. Tendo uma atuação relativamente regular, sem grandes emoções, pouco era acionado ou prejudicado pelos adversários, porem em lance de dividia no meio campo, após enfiar o pé na jaca e vencer o embate, soltou um raivoso e sonoro grunhido viking "Ahhuuuuuuuuuuuu" exalando no ar todo o alcool ingerido em suas férias paradisicas em Capitólio, Minas Gerais.


A virada de jogo veio com o atleta Evó, despadronizado utilizando sua peita branca do Real Madrid. Em lance pelo lado esquerdo teve oportunidade de desferir cabeceio rumo a gol, quase sem angulatura para o diparo. Na tentativa de então cruzar, cabeceando pra dentro, a bola em lance impossivel de descrever, pois este blogueiro simplismente não viu, de alguma forma acabou passando por zagueiro, goleiro e trave, num espaço físico de 1 metro de 67 centrimetros. Gol do Sem Recurso!!!
A partida estava se encaminhando para o final e a vitória cairia no colo da equipe convidada. Mas ....Ah esse mas...Em longo e derradeiro lançamentão nas costas do distraido beque Beto Black, o bom jogador Marolla, traidor da pátria semrecursenes encobriu o arqueiro ET, que foi pego de surpresa com a falta de cobertura nas costas de Beto. Empate em 2 x 2 e fim de jogo.
Após a partida o atleta Beto justificou a terrivel falha com a seguinte frase: eu estava olhando meu pé quando ele fez o lançamento. Que faaaaaaaase da zaga do Sem Recurso!
Tiveram ótimas atuações o lateral Carioca, que ficou nervoso por não receber mais bolas em seu setor, o arqueiro ET que salvou em dois lances e o menino Thalesmã, que acordou e levou junto o Sem Recurso!
Para as próximas partidas este blog acompanhará as atitudes do presidente e seus respectivos subordinados.













segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Piramboia 3 x 1 SRFC

 A equipe do Sem Recurso Futebol Clube visitou pela quarta vez o bom time do Piramboia FC, em um domingo de grande luminosidade solar. Embalados por uma vitória e um ótimo empate nas duas últimas partidas, o time estava repleto de atletas confiantes, com moral elevada.
O veículo fretado coletou pontualmente este punhado de marmanjos convencidos de que são atletas, porém com algumas alterações: o atleta Vó levou esposa e filha em seu próprio automovel (agendou desjejum em restaurante nas imediações) e o técnico Fer Véio também preferiu realizar o traslado via gol bola preteado ano 2000. O perna de pau Manolo fez cia ao professor no golzinho, e as suas vagas na van foram ocupadas pelos primos do atacante Saidera: o já conhecido Toalinha (oriundo da Baixada Santista) e seu irmão de alcunha Noroeguês (reside na Noruega). O motivo de residir na Noruega não foi investigado, pelo menos na lembrança sã deste blogueiro não há registros.


No decorrer do trajeto o volante Ricado Creminho numeral 5 mais uma vez passou mal na descida da Cuesta de Botucatu e teve de fechar seus olhos para não regurgitar. O fanfarrão Carioca estava estranhamente calado, talvez focado pra partida, preocupado com seu desempenho. Mais estranho ainda foi o presidente da equipe esquecer seu cooler, e desesperado de última hora, apareceu com uma necessaire contendo 2 latas da verdinha. Vergonhoso.
A partida:
Iniciaram como titulares os atletas ET, Carioca, Vó, Manolo e Pelé Branco, Barduco, Sem Sintomas, Cegão, Thales, Flávio e Saidera. No banco estava Caio Romero, Maffia, Felipe, Carlinhos, Toalinha e Yuri.


O noruegues, sem explicação nenhuma, apareceu com apito na boca, cartões nos bolsos e foi o juiz da partida. Se coloque no lugar dele: num dia se está em Oslo, num país escandinavo que abrange montanhas, geleiras e fiordes litorâneos profundos, almoçando seu salmão defumado, bebendo sua "aquavit" e no outro, está em Pirambóia apitando uma partida de futebol da várzea. Puta merda...Com certeza essa experiencia acrescentou algo em sua vida. Quando este reporter comentou em campo com o noruegues que "no futebol duas coisas díficeis são ser juiz e ser goleiro" este respondeu "eu na verdade jogo no gol". Que faaase deste homem.
Para surpresa geral dos atletas semrecursenes a média de idade no adversário não era compativel ao que foi acordado: o jogo deveria ser contra o time dos veteranos, assim disse o secretário Flávio Pires. Como comparação, um dos mais novos do Sem Recurso é Carlinhos da Cigana com 31 anos de idade e o zagueiro Felipe Pedrada, no segunto tempo sondou o jovem atacante piamboiano e descobriu que ele tem 16 primaveras. Carlinhos tem quase o dobro! Imagina se pega pra comparar com o Carioca? Para evitar desanimo pré jogo, a situação não foi discutida e foi dado ponta pé inicial exatamente as 9h30, horário da prefeitura de Anhembi, sede administrativa de Pirambóia.
Como já previsto, houve muita correria dos atletas da casa, principalmente da meiuca pra frente, em especial o atleta Sagui, ligeiro e arisco. Além disso contavam com bons passadores como o atleta Ferrugem e a experiencia do zagueiro Bolsonaro.
Por parte do Sem Recurso, apesar do grande esforço de todos os envolvidos, o meio campo não se encontrou tanto no primeiro quanto no segundo tempo. Thales, Cegão, Sem Sintomas, Barduco, Shazam e Maffia não conseguiram compactar a equipe, deixando grande vão entre zaga e ataque ao mesmo tempo que pouco conseguiu produzir, triangular, tramar. A pelota queimava no pé da rapaziada e logo era desperdiçada a posse, ou em chutões pra lugar nenhum ou em passes errado rumo a linha lateral ou nos pés do adversário...pouquissimo se criou.


A equipe de Pirambóia abriu o placar com gol de cabeça/ombro do pequenino atacante, em lance de desatenção dentro da área. Os atletas Vó, Manolo e Felipe tiveram boas atuações como zagueiros, foram firmes quando necessário, mas não puderam evitar o revez. O arqueiro ET teve pouquissimo trabalho, a não ser quando foi evitar um chute rasteiro, em que iria se ajoelhar pra segurar a bola, mas num erro de cálculo, acabou ajoelhando em cima da bola, executando uma estranha porém eficaz defesa. Um leve calafrio coletivo foi sentido.
O primeiro tempo se encerrou com o placar de 1 x 0 para o time da casa sem maiores emoções, a não ser pelo juiz noruegues que para finalizar o periodo, executou um performance com os braços levantados ao céu em estilo dancinha de tiktok, algo muito esquisito e incomum.
Para o segundo tempo a equipe de Pirambóia manteve o mesmo padrão futebolistico de toque de bola rápido do meio pra frente, tentativas de finalização de fora da área, lançamentos no facão. Apesar do Sem Recurso continuar com o desentrosamento no meio e pouca criação no ataque, um lampejo de boa jogada foi criada: Flávio carregou o esférico até as proximidades da zaga adversária e num belissimo lançamento de trivela encontrou Carlinhos, que passava por trás dos atletas de Pirambóia, finalizando de primeira no canto do guarda redes! Gol do Sem Recurso!!! O jogo estava empatado em 1 x 1.
A partir dai a moral se elevou e também o espirito guerreiro de ambos os lados. Algumas faltas foram anotadas, algum impedimentos foram apontados, lances de maior intensidade foram acontecendo que pediu presença firme do juiz para tomar decições rápidas e firmes! O nosso amigo noruegues acanhado pela volúpia de jogo em alguns momentos não apitava o lance, mesmo ele marcando a falta! Em outros ele esperava a reação dos atletas para ver se dava o impedimento ou não, e se dava, apitava baixinho... O time da casa de impacientou e o experiente zagueirro Bolsonaro chegou junto e falou "não importa de é pra lá ou pra cá, pode marcar o que você quiser, mas apita, resolve!!!" O irmão Toalinha veio em defesa e argumentou "é o primeiro dia dele como juiz, calma ai pessoal, ele é bonzinho" ao que ouviu na réplica "se fosse bonzinho eu casava ele com a minha filha!" Alguns atletas ainda escutaram ele pedir desculpa por aplicar impedimento, mas por fim o performático árbitro conseguiu seguir até o final da partida com sua maneira polida de por ordem nos jogadores.


Com a peleja se encaminhando pro final, em lance de contra ataque piramboiano, uma bola longa foi chutada nas costas do zagueiro Vó, que partiu em velocidade máxima para efetuar o corte. O goleiro Yuri titubeou por alguns segundos e decidiu de forma atrasada que sairia do gol para cortar o lançamento. Com a bola nem pro Vó nem pro Yuri, o veloz atacante de Pirambóia chutou por baixo da bola, encobrindo facilmente o arqueiro do Sem Recurso, que estava já na linha da grande área. 2 x 1 para a equipe da casa.
Em jogada pela lateral esquerda, Cegão deu forte e rasteiro passe diagonal para o pivô Toalinha, que fez bom corta luz para Thales. Este atleta observou que Carlinhos passava em suas costas e fez também outro corta luz, num túnel de 30 metros entre Cegão e Carlinhos. Carlinhos pegou a bola toda embananado e desferiu um chutinho de merda que pouco serviu a equipe.
Nos minutos finais da partida o volante Maffia conseguiu uma ótima oportunidade em lance individual, com forte finalização de pé esquerdo, bem defendida pelo goleiro. Com este lance Maffia tatua em seu peito o apelido de" jogador quase gol do sem recurso".
No último lance do jogo, com bela trama de Pirambóia, o bom atleta recebe na meia lua, prepara forte chute e dois miléssimos antes do arremate Yuri grita "eu vou pegar!!!!" mas pateticamente não consegue efetuar a defesa do certeiro disparo. Gol de Pirambóia, final de jogo 3 x 1















segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Anhembi 2 x 2 SRFC

A cidade de Anhembi recebeu mais uma vez a excursão aloprada dos atletas do Sem Recurso Futebol Clube para um amistoso esportivo, realizado no agradável estádio municipal "Jerry José Serafim Fernandes", estruturado por bom gramado, arquibancada coberta e "um dos melhores vestiários em que já caguei", citando as palavras do atual presidente do clube, o pequenino Rafael Barduco.

Para o traslado intermunicipal, a gestão contratou a infame Van da Alegria, veículo fretado que ficou insalubre em poucos minutos de viagem devido a gases expelidos internamente. O arqueiro Yuri foi posicionado no centro da van, equilibrando o centro de gravidade do veículo, enquanto Caio Romero se sentiu completamente perdido no fundão, posicionado entre os fanfarrões Barduco e Carioca. O atacante Thiago Donini sentou se junto a Manolo na fronteira, estreitando o relacionamento entre os dois. Pelé Branco estava visualmente semi embreagado e não se intimidou em logo abrir uma Antartica as 8h15 da manhã. Afonso com uma história sem pé nem cabeça relatou que se contundiu ao entrar no carro do Thales e avisou que não iria jogar. O restante dos atletas se comportaram de forma normal, dependendo do ponto de vista.




A partida:

Rafael Barduco além de presidente fez as vezes de técnico em parceria com o atleta Cegão numeral 15. Hora um foi técnico, hora outro. Na realidade Barduco escalou os titulares e Cegão durante a partida foi utilizando as peças que estava a disposição. Não eram por assim dizer peças originais de fábrica, estavam mais pra material de segunda linha, porém era o que tinha de momento. Iniciaram a peleja: ET, Cegão, Beto, Tiago e Pelé Branco; Barduco, Sem Sintoma, Marolla e Caio Quini, Flávio e Thiagão, em 4 4 2 tradicional. Ficaram como opções os atletas Carlinhos, Manolo, Carioca, Thales, Caio Romero e Yuri. O blog arrisca dizer que, apesar de alguns desfalques, esse plantel foi o melhor já reunido em toda a história da equipe.



A equipe da casa começou o jogo mostrando o que de melhor  sabe fazer: controle da bola. Muito paciente e experiente, Anhembi passa a bola de pé em pé sem medo de recuar aos zagueiros e em alguns momentos, até ao goleiro. Com calma e sabendo o que quer, triangula a pelota até encontrar o momento de algum passe mais vertical. O time visitante não fez por menos e tocou bem a bola, procurando encontrar os dois últimos homens, as esperanças de gol Thiago e Flávio. É fato que em alguns momentos alguns passes simples foram mal calculados entregando o ouro para os advserários armarem contra ataque, com erros de Cegão e Pelé Branco por exemplo. 

Em uma dessas falhas, aos 25 min, o ataque teve de ser brecado com falta, próxima a area. Em cobrança muito similiar com a de Ronadinho Gaucho em 2002 contra a Inglaterra, quando não se sabe se a bola foi cruzada ou arrematada a gol, a bola lá de cima bate no travessão, cai bem próxima a linha de gol e é empurrada pra dentro das redes, na base da força, pelo pesado atacante anhembiense. ET pouco pode fazer para evitar o primeiro gol da equipe da casa.

O arqueiro ET deu um susto em todo o time, em especial aos reservas que observaram aflitos este goleiro cortar um lançamento já na meia lua, com as mãos, deixando todos confusos e inseguros. O arbitro fez o gestual de "segue o jogo, nada aconteceu" e o Sem Recurso respirou aliviado. 


Aos 28 min um lance de encher os olhos, a primeira vista. Em longo lançamento/cruzamento do craque Pelé Branco, o zagueiro de Anhembi erra o corte de cabeça e a bola cai milagrosamente nos pés de Flávio, que teve facilidade para rapidamente dominar e se posicionar pro arremate, na marca do penalti, defronte ao arqueiro rival. Era a bola, o Flávio e o goleiro. Cegão já erguia os dois braços aos céus, os reservas sairam correndo em direção ao gramado, o tempo parou naquele momento. Em questão de um segundo a esperança vira ilusão quando Flávio chutou pifiamente nas mãos do advserário, deixando incrédulos todos presentes no estádio Jerry, disperdiçando um fácil e valioso gol para o Sem Recurso. 

Final de primeiro tempo, 1 x 0 para Anhembi.

Afonso que havia ficado na arquibancada já estava em sua sétima lata de Skol.

Substituições: 

Entra Manolo no lugar de Beto, Carlinhos no lugar de Zé, Thales no lugar de Caio Quini, Romero no lugar de Flávio, Carioca no lugar de Cegão, que é transferido a volancia. 


Poucos minutos após o recomeço de jogo, o rápido e seguro zagueiro Tiago faz falta dentro da área, não deixando margem para outra ação do assoprador de apito: penalti e 2 x 0 para Anhembi. Yuri mais uma vez não se mexeu em cobrança de penalti. Na visão deste blogueiro, o goleiro deve fazer o maximo de esforço e saltar para um lado, na sorte de efetuar a defesa, apesar de toda sua opulencia. 

Mesmo tendo levado o segundo gol, a equipe semrecursense voltou bem entrosada pro segundo tempo, fazendo triangulações e tramas bem arquitetadas, em contraste a um passado de lançamentões desesperados, bumba meu boi na área, salve se quem puder no ataque. Thiago Donini, o homem que é garantia de gol aproveitou um desses avanços e com espírito guerreiro arrancou na marra o primeiro gol do Sem Recurso em chute forte no alto das redes. Gol do Sem Recurso! Thiago não perdeu a chance de provocar, entregou a bola ao zagueiro e disse " recomeça lá do meio por favor". Um pequeno tumúlto foi iniciado.

A equipe do rio Tiete não se entregava e encontrou espaços para efetuar vários arremates durante todo o segundo tempo, entretanto todos eles bateram na massa imponente chamada Yuri Svissero Pires de Camargo. Foi ouvido porém dentro de campo: "este goleiro é bom também" indicando claro respeito pelo arqueiro que iniciou a partida, o atleta Rafael do Love numeral 23.

O clima dentro de campo era de tensão, eletrificado pelos nervosos jogadores Thiago Donini e o conhecido pelas polemicas Rafael Barduco - o pincther espumante. Os dois reclamavam do o juiz, xingavam seus oponentes, falavam coisas impublicáveis neste meio de comunicação com público familiar. O ambiente hostil foi se intensificando de tal maneira que afetou também Yuri e, acreditem se quiser, o calmo e tranquilo Sem Sintomas. Em lance de falta firme de algum dos dois lados (foram muitas pegadas no meio campo, este blogueiro não sabe precisar exatamente qual) o ótimo volante Sem Sintoma perde a cabeça, entra no vuco vuco formado ao redor do atleta lesionado no chão e do nada, absolutamente do nada, dispara a seu advserário: seu gordo brocha! O insultado ficou paralisado, sem saber reagir a uma vulgaridade tamanha. O juiz inconformado levantou o cartão vermelho e mandou o enfurecido Sem Sintoma pro chuveiro. Barduco que estava no banco o substituiu. O arbitro expulsou um atleta de Anhembi também porem não é seguro dizer qual deles, talvez o gordo brocha.

Após a briga, motivados pela dose de adrenalina extra, o time melhorou e começou a esmagar a equipe de Anhembi. Lance após lance o Sem Recurso buscava o empate. Caio Romero, que fez boa partida, acreditou em uma bola, insistiu em ter a posse e foi atropelado pelo goleiro bem no biquinho da grande área! Penalti! O bater Marola foi com tranquilidade a marca da cal, deslocou o estabanado guarda redes e empatou o jogo! 2 x 2



E a pressão continuou, muitos lances foram criados e nesse momento apareceu o minino Thales, o talesmã do Sem Recurso, que não deveria nem ter acordado naquele domingo. Este atleta fez a tripla coroa ao perder três incríveis gols. Um atrás do outro. Se houvesse um narrador ele estaria gritando "Não é possiiiiiiiiiivel". Bola enfiada, Thales e o goleiro: pra fora. Bola alçada por Carioca na cabeça de Thales: finalização de joelho, na mão do goleiro. Cruzamento de Cegão, gol aberto: nas pontas do pé, pra fora. Com certeza Thales vai passar algumas noites pensando em todos esses lances. Este blogueiro defende o atleta, que se dedicou muito para estar com a equipe, estava bem posicionado em todos os lances, porem infelizmente teve a incapacidade futebolistica para efetuar os arremates pro fundo das redes. Somado o lance absurdo de Flávio, seriam 4 gols a favor. 

Houve ainda tempo para mais expulsões, como a de Marolla por parte do Sem Recurso, que escutou a seguinte frase do calmo juiz "você não joga nada seu bosta". Foi expulso também jogador de Anhembi.

Final de jogo, empate em 2 x 2. O Sem Recurso evitou uma derrota, ao se recuperar de um sofrido 2 x 0, porém disperdiçou muitos lances, com gols que não se pode perder. 

Ao sair de campo rumo a seu tão desejado banho com outros atletas, o presidente ouviu de um jogador anhembiense que a sua equipe era nova em idade e este retrucou "nossa média é de 35 anos". Como resposta escutou que "não parece isso, parece que os jogadores são mais novos e são bonitos." Palavras do presidente.













segunda-feira, 29 de agosto de 2022

SRFC 3 x 2 Baldi

Uma das melhores partidas do Sem Recurso nos últimos 10 anos!

É assim que pode se descrever o incrível jogo deste ensolarado domingo botucatuense, ocorrido no agradável campo da ADPM em mais um confronto versus o Baldi FC.
Uma partida emocionante decidida apenas no último minuto, guarda redes operando defesas inacreditáveis, golaço que só vê no televisor de 4 em 4 anos, penaltis, provocações com palavras de baixo calão, foi um verdadeiro suco de futebol raiz o que se viu, para aqueles que tiveram a sorte de ver e acreditar.
Com largo plantel, tendo 17 atletas a disposição, quem fez a vez de técnico foi o lesionado atleta Cegão, numeral 15. A escalação inicial foi determinada não por suas estratégias e sim pelo atraso de Yuri, Pelé Branco, Caio Quini e Vó, que serão convocados pelo RH para um acerto de contas.


O scret titular foi ET; Carioca, Beto The Black Back, Manolo e Carlinhos da Cigana; Barduco Pitbull da Cuesta, Afonso ex Paraguaio, Flávio e Marola; Hugo e Thiago Donini. Sob forte sol estavam os suplentes Yuri, Vó Coca, Caio Quini, Pelé Branco, Ernandes o colombiano rabiscador e o extra Elias.
A partida:
Desde o início o Sem Recurso Futebol Clube se mostrou bem postado na zaga e organizado na marcação na volancia, com a surpreendente atuação do confuso e velho conhecido atleta Afonso, uma vez já chamado de Afongol. Com sua correria e apoio de Barduco, fecharam as portas da entrada da grande área. Na meiuca a equipe possivelmente nunca esteve tão bem servida, com Flávio e Marola. O primeiro, um atleta mais pesado e menos marcador, desta vez teve que carregar o piano e fez ótima atuação auxiliando os volantes, demonstrando muita raça e disposição. O segundo, um craque do futebol campestre, o menino Marola vem realizando partidas de performance ímpar, enganando um pouco na marcação fazendo aquela sombra em dia nublado, porem com a bola nos pés é um verdadeiro espetáculo.


E foi ele quem abriu o placar do jogo, completando de cabeça o cruzamento perfeito de Carlinhos da Cigana, em assistencia de 39 metros de distancia e precisão de centrimetros. Que joga bonita.
É importante fazer o primeiro gol nesses jogos, dá confiança ao time e tranquilidade para a sequencia. Não demorou muito e Marola fez o segundo gol da partida. Mas não foi qualquer gol, foi uma pintura, foi pro DVD, demonstrando técnica, força, precisão, ciencia espacial, noções de matematica aplicada em conjunto a física. Distante 33 metros dos paus, pelo flanco esquerdo da relva oposta, o atleta ergueu a cabeça e desferiu pontente, reto e certeiro chute no angulo do guarda redes que nada pode fazer. Dizem que a bola bateu no travessão e na trave, perfeitamente na angulatura, onde dorme a coruja, onde se ganha 1 milhão no golshow. Quem viu nunca esquecerá. 2 x 0 para o Sem Recurso.


A zaga teve certo trabalho no primeiro tempo, pela direita o novato Carioca teve firme atuação, fazendo suspense de quando iria abrir o bico pois se entregou demais. Mas não cansou, segurou bem o tranco e chegou até a fazer triangulações em modo ofensivo. É o Rodinei do Marajoara, conhecido no Rio de Janeiro como Galo Magro.
Ao final do primeiro tempo, o arqueiro Rafael do Love se dirigiu ao técnico e em tom jocoso disse "estou entregando a placar zerado, agora é com o Yuri". Mal sabia ele o que viria a acontecer.
Para o recomeço de jogo, Vó Coca, que havia ganhado oportunidade no ataque para que  Hugo descansasse, tomou a posição de zagueiro, Ernandes foi acionado para rabiscar no ataque e Elias fez a parceria. Na equipe do Baldi, novos atletas entraram reforçando e melhorando a performance. E o Sem Recurso teve trabalho para se segurar, sendo muito atacado e pressionado, movimento natural de quem esta perdendo o jogo, restando apenas lances esporádicos de contra ataque.
O goleiro Yuri fez ao menos 3 ótimas defesas, sendo uma delas um absurdo e a outra um milagre. Em lance articulado pelo Baldi FC, conseguiriam alçar bola a um de seus atacantes que fez cabeceio certeito pro chão e pro canto. Inexplicavelmente, contra todas as leis humanas, o goleiro Yuri se jogou para a direita, esticou seu forte e pesadissimo braço e bloqueou a passagem da bola realizando uma defesa monstruosa. Para seu azar, não houve tempo para que outros o auxiliasse e no rebote o mesmo atacante empurrou sozinho pro fundo do gol. Só não foi milagre porque no mesmo lance saiu gol. Mas Yuri repetiu o feito, realizando uma das maiores defesas que esse blog já viu em jogada poucos minutos depois. Como pode algo de massa tão grande como o arqueiro Yuri realizar defesas elásticas deste nível? É realmente incrível. Não foram tudo flores, é correto dizer, pois o mesmo bateu um tiro de meta de bosta fazendo a bola cair nos pés adversários, entre outros lances.
Em lance de ataque Baldiano, o lateral Pelé Branco fez falta dentro da área de Yuri e foi anotado o penal. Yuri nervoso por toda a situação da partida e ainda acreditando que o penalti foi armado pelo juiz, provocava o bater "não vai entrar, não vai entrar". Infelizmente o batedor acertou o canto e empatou a partida.


Sentindo que a equipe estava já demonstrando sinais de cansaço pelo esforço demasiado em se defender a todo momento e observando que o ataque não estava segurando o jogo lá na frente, o técnico Cegão teve que queimar as substituições de Ernandes e Elias e voltar a experiência da dupla Hugo e Thiago, que jogam por música.
A idéia era que os dois levassem o jogo pro ataque, protegendo a defesa, segurando o suado empate. Acontece que nenhum dos dois times aceitavam o fim de jogo e se atacavam e se defendiam a todo momento. Barduco velhaco arrumava suas conhecidas confusões para amarrar o jogo, Flavio e Marolla se revezaram no meio para tentar manter a bola, Hugo e Vó nervosos com arbitragem quase foram expulsos, Caio suado como um cão se entregava muito, Carioca desligado marcava o lateral quase no meio campo, pra desespero da zagueiragem.
O cronometro já se aproximava dos 49 minutos do 2° tempo quando num ataque pelo flanco direito Hugo partiu pra cima da equipe do Baldi, arrastando consigo 3 marcadores, levando a bola até a linha de fundo, ergueu a cabeça, fez cruzamento rasteiro para dentro da pequena área encontrando o finalizador Thiago Donini, que finalizou pra dentro do gol!!! Gol do Sem Recurso, gol da vitória!!!
Grande comoção dentro e fora do campo! Alegria enorme em vencer a partida no último lance!!!

Segue notas individuais:

ET 7
Yuri 7,9
Carioca 7,5
Carlinhos 7,66
Pelé Branco 6,33
Beto 7,2
Manolo 6,88
Vó 7,3
Barduco 7
Caio 7
Afonso 7,14
Marola 8
Flavio 7,61
Hugo 7,9
Thiago 7,7
Ernandes 6,7
Elias 6

Técnico Cegão 10